No dia 19 de abril, o universo tecnológico comemora uma data muito importante. Nesse dia, em 1965, Gordon E. Moore publicava na revista Eletronics Magazine um artigo que ditaria o ritmo da inovação tecnológica e influenciaria a sociedade e a economia até os dias de hoje. Essa matéria, muito bem ilustrada pelo infográfico acima, foi redigida para comemorar os 50 anos da Lei de Moore.
Todas as aplicações de inteligência computacional que temos hoje, desde o simples funcionamento de uma porta automática até os relógios inteligentes, respeitam a lei proferida por Moore no século passado. Afirmando que o número de transistores dobra, em média, a cada 18 meses, mantendo o mesmo (ou menor) custo e o mesmo espaço, o engenheiro americano revolucionou a indústria de tecnologia.
Lei de Moore completa 50 anos.
Quem foi o autor da lei?
Gordon Earl Moore nasceu em São Francisco (Califórnia, EUA) no dia 3 de janeiro de 1929 (86 anos). Apesar de possuir formação em química e física, ele se destacou na área tecnológica e na indústria de semicondutores.
Em 1968, juntamente com Robert Noyce, Moore fundou aquela que seria conhecida como uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Intel Corporation. Lá, o figurão já ocupou o cargo de presidente, vice-presidente e membro do conselho de administração, mas hoje dedica a maior parte do seu tempo a trabalhos filantrópicos.
Gordon Earl Moore.
O que é a Lei de Moore?
A lei afirma que a quantidade de transistores em um chip dobra, em média, a cada 18 meses, mantendo o mesmo custo e o espaço ocupado por esses componentes ou os reduzindo.
Entretanto, a aplicação do excerto dessa lei vai muito além do número de transistores: o processamento de informações pelos chips também aumenta em 100%, ou seja, a tecnologia fica duplamente mais eficiente a cada “geração”.
Gráfico da Lei de Moore.
Por que a lei é importante?
A Lei de Moore virou um sinônimo de miniaturização e aumento de performance, preceitos que têm ditado o ritmo de vários segmentos da sociedade. Diante desse quadro e considerando que praticamente tudo possui um “processador”, podemos dizer que produtos como smartphones, relógios, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, video games e automóveis foram diretamente influenciados pela lei.
Em termos de serviço, o excerto está presente em supermercados, bancos, hospitais, restaurantes, aeroportos, servidores e muitos outros lugares. Em suma, a Lei de Moore explica a velocidade da evolução tecnológica e as grandes mudanças na maneira como vivemos.
Aplicações da Lei de Moore
Um dos primeiros supercomputadores da história, o Cray-1, de 1976, podia realizar 160 milhões de operações de ponto flutuante (flops) e tinha 8 MB de memória. Hoje, um computador pessoal básico consegue realizar 10 vezes mais operações de flops em um segundo e tem 100 vezes mais memória.
Cray-1, um dos primeiros supercomputadores da história.
O primeiro celular, o DynaTAC criado em 1975, tinha 25 cm de comprimento, 7 cm de largura, pesava 794 gramas e sua bateria durava míseros 20 minutos. Hoje, os celulares são sensíveis ao toque, inteligentes, mais finos e leves.
O primeiro celular, o Dynatec criado em 1975, tinha 25 cm de comprimeiro, 7 cm de largura e pesava 794 gramas.
A Lei de Moore também contribuiu para o surgimento dos caixas eletrônicos. Antes deles, todas as operações bancárias eram realizadas na agência e com a presença do titular da conta. Smartphones, computadores, video games, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, automóveis e uma série de outros produtos foram influenciados pela Lei de Moore.
Caixas eletrônicos e muitos outros produtos do nosso dia a dia só existem porque seguiram os preceitos da Lei de Moore.
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E aí, já conhecia a Lei de Moore e seu criador?
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