A McAfee divulgou os resultados do primeiro levantamento da empresa dedicado a descobrir os hábitos e comportamentos das pessoas com idades entre 50 e 75 anos na internet. O estudo, intitulado “Fifty Plus Booms Online” (“Pessoas com mais de 50 bombam na internet”, em tradução livre), indica que a faixa etária a partir dos 50 anos está passando, atualmente, boa parte do tempo na internet, em média cinco horas por dia.
Aproximadamente 88% dos participantes do estudo dizem que se consideram tão experientes ou mais experientes do ponto de vista da tecnologia em comparação com outras pessoas da sua idade. Apesar desse proclamado nível de conforto (ou talvez por causa dele), os adultos nascidos até o começo da década de 1960 estão se envolvendo socialmente na internet, se expondo à censura das mídias sociais e a perigosos riscos à segurança, inclusive divulgando informações pessoais a estranhos.
O perigo dos estranhos continua relevante depois dos 50
Muitas pessoas dessa geração têm compartilhado voluntariamente informações pessoais com indivíduos que nunca viram pessoalmente (isso não inclui compras ou transações comerciais pela internet). No geral, 57% compartilharam ou publicaram informações pessoais na rede. Isso inclui 52% que compartilharam seu endereço de email, 27% que compartilharam o seu número de telefone celular e 26% que compartilharam seu endereço residencial.
Segundo Michelle Dennedy, vice-presidente e diretora de privacidade da McAfee, a descoberta de que esse grupo confiante, que se diz conhecedor de tecnologia, apresenta um comportamento de alto risco na internet é motivo para conscientizar as pessoas. “O uso de redes sociais entre as pessoas a partir de 50 anos de idade é uma tendência, agora que elas estão se tornando mais comuns em todas as faixas etárias”, afirmou Dennedy.
As brigas em redes sociais não acabam na adolescência
Apesar do fato de as redes sociais terem uma reputação entre a geração mais jovem de ser uma fonte de brigas entre amigos, a pesquisa constatou que isso ocorre até mesmo nesta faixa etária. Oito em cada dez usam redes sociais, e 36% deles se conectam diariamente, abrindo as portas para as possibilidades de brigas nas redes sociais.
Dezesseis por cento admitiram passar por situações negativas quando estão conectados às suas contas de redes sociais. Essas brigas respondem por 19% das alegações de que o incidente foi suficientemente grave para acabar com a amizade. Outros resultados daqueles que passaram por experiências negativas incluem mensagens inadequadas de amigos (23%) e brigas com um amigo, cônjuge ou companheiro (9%).
Falta de proteção e excesso de compartilhamento
Apesar da sua confiança tecnológica, esses adultos revelaram algumas realidades preocupantes e surpreendentes em relação à segurança online. No geral, 57% afirmaram que compartilharam ou publicaram informações pessoais na internet. Endereços de email (52%), telefones celulares (27%) e até mesmo endereços residenciais (26%) compõem esse percentual.
Aproximadamente 80% dos usuários de smartphones e 43% dos usuários de tablets publicam na internet fotos tiradas com esses aparelhos. Causa surpresa que outros 24% admitam usar seus dispositivos para enviar mensagens pessoais ou íntimas em forma de texto, email ou fotografias. No entanto, mais de um terço deles (33% dos usuários de smartphones e 38% dos usuários de tablets) admitem não proteger seus dispositivos com senha para impedir que essas conversas picantes cheguem ao público.
Pior ainda, embora quase todos (93%) afirmem que seus laptops e desktops têm software de segurança atualizado, apenas 56% dos usuários de smartphones e 59% dos usuários de tablets afirmam que seus dispositivos estão protegidos contra vírus e malware.
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