Os primeiros usos da bala de borracha se deram durante a década de 70, pelo exército britânico, na Irlanda do Norte. Foram desenvolvidas para serem atiradas contra o chão, rebatendo assim nas pernas de manifestantes ou agitadores. Versões mais fracas, para uso civil, são vendidas normalmente em alguns países. Esse não é o caso do Brasil, onde o uso desse tipo de armamento está restrito a policiais, guardas, militares e empresas de segurança privada.
Usadas para dispersar multidões e conter tumultos, as munições não letais funcionam de maneira similar às comuns. A grande diferença está no projétil disparado que, nesse caso, é feito de borracha ou, mais comumente, de esferas de metal revestidas por borracha.
Isso impede que a munição penetre no corpo da vítima, mas não elimina as chances de ferimentos graves, que podem até mesmo matar. Por isso, em inglês, o termo non–lethal ammunition (munição não letal), tem sido substituído por less lethal ammunition, ou seja, munição menos letal.
Como funciona
Ao pressionar o gatilho da arma, um mecanismo interno se choca velozmente contra o cartucho, fazendo com que a mistura química da espoleta gere uma faísca. Essa, por sua vez, é a principal responsável pela explosão da carga de pólvora, comprimida dentro da munição. A reação gera pressão suficiente para empurrar a bucha e, consequentemente, disparar os projéteis a uma velocidade de 240 metros por segundo.
Efeitos
Por serem revestidos de borracha, os projéteis não chegam a penetrar no corpo da vítima. Porém, causam fortes dores, hematomas e, frequentemente, cortes. Não é à toa que a distância mínima recomendada para o uso dessas munições é de 20 metros. Além disso, o operador da arma deve disparar os tiros na altura das pernas e, nunca, acima da cintura.
Mesmo assim, acidentes podem acontecer. Os projéteis costumam ricochetear e, nesse caso, podem atingir os olhos das vítimas. Essa imprevisibilidade é a grande desvantagem desse tipo de armamento e já causou desde fraturas até o rompimento de artérias. Também existem inúmeros casos de projéteis que penetraram na cabeça, peito e abdômen das vítimas.
Das três armas citadas neste infográfico, a bala de borracha é, sem sombra de dúvida, a mais perigosa delas.
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