A próxima revolução dos computadores, na verdade já está acontecendo. A internet já deixou de ser há muito tempo uma novidade e agora o foco são as aplicações que tiram maior proveito dos recursos da rede. No futuro, precisaremos instalar um mínimo de programas no computador, pois todas as aplicações que usaremos estarão disponíveis online. Essa idéia assusta os adeptos de teorias conspiratórias, mas enche os olhos dos aficionados e faz os fãs de tecnologia salivarem.
A expressão que está sendo empregada para se referir a essa tecnologia é “computação em nuvem”. Você pode deduzir o que ela significa, pensando no sentido real da expressão. As nuvens seriam um ambiente virtual, que dispensa o uso de uma estrutura física local para que você utilize as aplicações. Em outras palavras, nada mais ficará dentro do seu PC, mas nas “nuvens”.
Recentemente, a Microsoft lançou o Windows Azure, que não é uma nova versão do Windows, nem uma substituta à versão 7, já anunciada pela empresa. Trata-se de uma nova plataforma que possibilitará aos desenvolvedores criarem sistemas totalmente virtualizados, sem a necessidade de grandes estruturas físicas para mantê-los. Isso é perfeito para o nível em que estamos de evolução, pois a expressão “tempo é dinheiro” nunca teve tanta relevância.
Nenhuma empresa quer — ou pode — mais perder tanto tempo com a manutenção de seus sistemas de informação, principalmente as de tecnologia, pois isso é simplesmente queimar dinheiro. Tendo isso em mente, gigantes como a Microsoft, Google e IBM focam seus investimentos cada vez mais em plataformas online, como o Windows Azure.
Mas afinal, o que é esse tal de Azure?
Em termos simples, o Azure pode ser definido como um “sistema operacional online”. Os desenvolvedores de programas poderão escrever seus sistemas utilizando as ferramentas fornecidas pelo Azure e hospedá-los nas redes corporativas, ou mesmo na web. Os usuários acessariam as aplicações utilizando somente o Internet Explorer. Ou seja, sem a necessidade de instalação local de qualquer programa adicional.
Para nós, usuários finais, o Azure e a computação em nuvem representam uma revolução extremamente significativa, pois ao invés de nos preocuparmos tanto com a estabilidade do Windows devido à grande quantidade de programas instalados, poderemos nos dedicar mais a atividades realmente importantes. Ou seja, assim como no meio corporativo, teremos que nos preocupar menos com manutenção, o que deixará mais tempo livre para atividades mais importantes, ou até mais divertidas.
Com as futuras aplicações desenvolvidas para o Azure, o usuário final terá mais tempo para focar em atividades realmente produtivas e até mesmo em seu próprio lazer. Gerenciar seus arquivos de mídia, como fotos e músicas, fazer pesquisas e trabalhar em ambientes colaborativos serão tarefas mais simples e corriqueiras.
O que melhora para os desenvolvedores?
Tudo! Imagine que você é um pequeno empresário e tem uma idéia revolucionária, que o levará a construir um império. Serão necessários investimentos, empréstimos e correr do fantasma da falência. Isso deixa de ser verdade com o Azure, pois não será necessário que empresários e desenvolvedores saiam de casa e seus planos precisarão de um mínimo de estrutura física para começarem a caminhar.
Por que não usar outro império para erguer o seu? O Windows Azure reduzirá o seu custo com infra-estrutura, para que você invista no que realmente importa, que é o desenvolvimento de sua idéia. Em síntese, o Azure e a computação em nuvem acabarão com boa parte do seu trabalho braçal e precisarão de muito menos dinheiro para a concretização do seu projeto.
Se você quiser obter informações mais detalhadas sobre o Windows Azure, suas características e tecnologias suportadas, acesse o site oficial do produto, clicando aqui. *O site é em inglês.
ATUALIZAÇÃO: ontem, dia 17 de novembro de 2009, a Microsoft anunciou que o Windows Azure está com a sua estreia marcada para o primeiro dia do próximo ano. No primeiro mês, a plataforma poderá ser usada gratuitamente, mas em 1º de fevereiro de 2010, quem quiser desenvolver aplicações baseadas no Azure deverá pagar uma taxa, que não teve valores divulgados.