Se for pensar, o 3D não é tão novo assim. Antigamente já usavam a ilusão de ótica em livros que traziam várias imagens repetidas para ter a sensação tridimensional. Depois, com o óculos 3D, que nada mais era do que um óculos com papel celofane azul e vermelho, tornou-se possível ver imagens tridimensionais que pareciam sair da tela, com alguns ajustes feitos na imagem.
Na verdade, até no cinema já eram feitos testes na década de 1950. Atualmente é bastante comum ver filmes feitos utilizando aquele 3D que necessita de óculos de celofane. Mas, hoje, com o lançamento de cinemas como o IMAX, a percepção 3D é muito maior.
Não que sejam utilizados hologramas para os filmes, mas a tecnologia do IMAX é bastante superior aos antigos óculos de celofane vermelho e azul. Já a nVidia mirou nos computadores para levar a tecnologia 3D, criando um óculos compatível com uma porção de jogos e placas de vídeo dela própria.
A tendência agora é que, até os próximos cinco anos, as televisões de nossas residências também sejam compatíveis com uma tecnologia 3D, sem precisarmos de óculos ou qualquer outro acessório, já que a ilusão seria feita pela própria televisão.
E os celulares em 3D?
Eles já existem há anos, mas ninguém tomou conhecimento deles por uma razão um pouco estranha: simplesmente não deslanchou por falta de conteúdo. Quando não há interesse de produtores de conteúdo, o produto não dá certo. É como o iPhone antes da AppStore (loja de aplicativos) — o celular não tinha o mesmo impacto que tem hoje.
Empresas como a Sharp, Samsung, NEC e Hitachi já lançaram seus modelos de celulares em 3D. O último modelo foi lançado pela Hitachi, chamado “Hitachi Wooo H001”. O celular não só é capaz de reproduzir imagens que já estejam em três dimensões, como também consegue converter imagens 2D em 3D. A tela é de 3 polegadas, com uma resolução de 854x480 pixels. Dê uma olhada no vídeo de divulgação:
Protótipos que usam apenas a interface
Algumas empresas estão tentando criar uma espécie de simulação de interfaces que usem três dimensões para visualização de conteúdos. É o caso de uma empresa da Suécia, chamada TAT, que desenvolveu um sistema em que, conforme o ângulo em que se vê a tela, outras informações aparecem, dando a ilusão de profundidade.
Esse 3D no celular do vídeo acima é possível graças a uma ilusão de profundidade causada pelo monitoramento dos olhos pelo aparelho.
Um novo formato
Como uma das razões para os celulares em três dimensões não terem dado certo como o esperado foi a falta de conteúdo próprio, uma organização chamada Mobile3-DTV criou um formato chamado DVB-H (que significa Digital Video Broadcasting – Handheld, ou Transferência de Vídeo Digital em Portáteis).
Dessa forma, o conteúdo em 3D para portáteis podem ser padronizados, evitando problemas como a criação de um padrão diferente para cada modelo.
Agora basta aguardar que os produtores de conteúdo cooperem tanto no sentido de criar em três dimensões, quanto no “formato universal” proposto pela Mobile3-DTV, aumentando a compatibilidade dos aparelhos.
Para a alegria de muitos, de uma maneira ou de outra, a tendência do lançamento de celulares com a tecnologia com certeza já é uma realidade. E, em breve, poderemos ver filmes em 3D na palma da mão.