(Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist)
Em praticamente todos os países do mundo, a fila para transplante de órgãos é grande e “anda” em um ritmo bastante lento, por conta da falta de doadores compatíveis com os pacientes e diversos outros motivos. Uma das soluções para isso seria a utilização de impressoras 3D para fabricar órgãos extras — e o assunto já foi tão debatido que até virou piada.
Contudo, como em todo tipo de novidade, havia um pouco de receio, já que não há como ter garantia de que as impressoras 3D são capazes de realmente produzir um órgão que funcione. Pensando nisso, uma equipe de cientistas da empresa Organovo, em São Diego (EUA), começou a realizar pesquisas sérias.
Como resultado, eles conseguiram produzir pequenos fígados que têm apenas meio milímetro de profundidade e quatro de extensão — ou seja, eles consistem somente em algumas camadas de células. Apesar das proporções reduzidas, o “produto” consegue executar quase todas as funções de um fígado natural, com exceção do que provém da vesícula biliar.
Um verdadeiro avanço científico
Os testes realizados pelos cientistas abrangem somente alguns dias do funcionamento dos pequenos fígados artificiais — isso acontece pelo fato de que eles “vivem” por um curto período de tempo, já que são feitos com poucas camadas de células. No entanto, grandes resultados já puderam ser observados.
Os órgãos fabricados por uma impressora 3D são capazes de produzir proteínas, carregar hormônios, colesterol e enzimas pelo organismo, permitindo que você consuma álcool, por exemplo. Com isso, o minifígado funciona de maneira muito próxima do órgão real, representando um avanço notável nesse campo da ciência.
Agora, os cientistas querem começar a produzir fígados em tamanho natural e outros tipos de órgãos, de modo que eles realmente possam ser utilizados em organismos humanos. No entanto, ainda há diversos desafios a serem superados, como a fabricação de veias em grande escala, por exemplo.
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