Mouse HyperX Pulsefire FPS: review/análise

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Nós já comentamos aqui sobre a mudança de perfil de atuação da HyperX ao longo desses últimos anos, passando de uma empresa focada em hardware para uma companhia relevante no segmento de periféricos para jogos.

Alguns meses atrás, a marca lançou seu primeiro teclado, que complementou a linha de dispositivos de som que já faziam sucesso há um bom tempo. Neste ano, para incrementar seu portfólio, a HyperX lança agora seu primeiro mouse gamer.

Como o próprio nome sugere, o Pulsefire FPS é um modelo dedicado para títulos de tiro em primeira pessoa, mas isso não quer dizer que ele não tenha algumas surpresas para ajudar gamers que buscam um periférico competente para outras situações.

Este lançamento da marca chama a atenção principalmente pelo design premiado na Red Dot Design Awards e pelos componentes de alta qualidade. Com a concorrência acirrada no segmento, ficamos curiosos para conferir a performance deste componente. Vem com a gente para descobrir tudo que ele tem para oferecer!

Especificações

Design confortável

Não há como receber um produto como o HyperX Pulsefire FPS e não ficar apaixonado pela proposta de design e apresentação. Este mouse vem com uma embalagem que segue a identidade visual que já vimos em outros dispositivos da marca, mas surpreende pela caixa principal onde ele fica devidamente guardado.

A pequena caixa parece uma caixa dessas de aliança ou joias, em que o produto fica acomodado na parte central. A abertura da tampa na vertical proporciona uma surpresa bastante gratificante, quando nos deparamos com um componente bem chamativo. Não que o design seja algo de outro mundo, porém o cuidado nos detalhes é algo que cativa o consumidor.

Primeiramente, é preciso enfatizar que o design deste modelo, apesar de quase simétrico, é focado no jogador destro, uma vez que os botões laterais ficam posicionados à esquerda. Assim, jogadores canhotos podem até usar o produto – até porque o cabo fica bem centralizado e não atrapalha em nada na movimentação –, mas talvez não se adaptem tão facilmente com alguns itens do mouse.

Na verdade, para ser sincero, o visual do HyperX Pulsefire FPS segue alguns conceitos que já vimos em outros produtos famosos do segmento. Para quem busca um componente repleto de extravagâncias, certamente este não é o periférico mais adequado, mas aqueles que gostam de conforto e praticidade vão encontrar aqui um modelo bem interessante.

A carcaça toda em plástico garante leveza ao produto, que desliza facilmente sobre qualquer superfície e surpreende pelos movimentos mais livres. Agora, se você é do tipo que está habituado com mouses mais pesados, talvez este periférico não possa ser apropriado, já que ele não conta com ajustes de peso.

Os revestimentos de borracha nas laterais são de grande valia, pois entregam muito conforto e garantem uma pegada com boa aderência. Os botões ficam posicionados em locais convenientes. Os switches são da Omron apresentam alta qualidade, o que garante ótimas respostas durante a jogatina.

A retroiluminação do Pulsefire FPS é na cor vermelha, que combina com a identidade da marca – muitos produtos da HyperX são projetados em arranjos que geralmente envolvem o vermelho. A luminosidade interna é bem simples e discreta, com luzes apenas na rodinha, no logotipo e no botão de DPI (este que alterna entre quatro cores).

O cabo do tipo trançado é de alta qualidade, o que deve garantir durabilidade para uso recorrente, talvez o único inconveniente neste item é o comprimento de apenas 1,27 metro, que deve limitar um pouco para os jogadores que deixam o gabinete muito afastado da mesa.

Desempenho na medida

Dentro do HyperX Pulsefire FPS, a fabricante optou pelo sensor PixArt PMW3310, um componente que é bem sensível e consegue captar os movimentos com muita rapidez. Com capacidade para configuração de 400 até 3.200 DPI, este modelo deve ser adequado para as principais atividades.

O mouse da HyperX tem um botão dedicado para mudança rápida do DPI, com níveis que variam entre 400, 800, 1.600 e 3.200 DPI. Este recurso é bem prático para que o jogador possa melhorar a sensibilidade dentro do jogo sem precisar alternar de janela.

Bom, sobre o desempenho do produto, é possível afirmar que o Pulsefire FPS fornece boa performance nos principais casos, mas o valor máximo de DPI talvez não seja o mais adequado para jogadores que estão habituados com mouses mais robustos ou que usam telas de maior resolução.

Além disso, ficamos um pouco decepcionados com a falta de um software para configurar os botões e outros elementos do mouse. Ainda que existam programas alternativos para realizar algumas funções, há determinadas funcionalidades que poderiam ser facilmente melhoradas com um programa próprio da HyperX.

Vale a pena?

O HyperX Pulsefire FPS tem um design sofisticado, uma pegada bastante confortável, sensor de boa qualidade e ótimo desempenho para a maioria dos casos. Gostamos bastante do produto, que combina perfeitamente com a linha de produtos da marca, sendo um ótimo integrante para a linha de periféricos dos gamers que já apostaram nos teclados e headsets HyperX.

Apesar de tantas observações positivas, é importante ressaltarmos que há algumas incoerências na proposta do produto, que podem incomodar o jogador mais exigente. Primeiro, temos a questão da limitação na personalização do produto, uma vez que ele não conta com ajustes de peso e opções simplificadas para alterar as funcionalidades, já que falta um software próprio.

Essas características não chegam a ser limitadores no dia a dia, porém os aspectos intrínsecos do sensor podem incomodar o jogador que busca versatilidade. A resolução máxima de 3.200 DPI é inferior aos padrões usados por concorrentes, sendo que isso pode ser bem complicado para jogadores que vão usar monitores de alta resolução ou já estão habituados com maior sensibilidade.

Para finalizar, temos a questão do preço, que dificulta um pouco as coisas. O HyperX Pulsefire FPS chegou ao Brasil, na pré-venda, por 300 reais, mas o preço subiu no lançamento para 350 reais, o que complica a indicação do produto. Considerando que temos modelos como EVGA Torq X10 e Razzer Deathadder por valores similares – e até inferiores – fica difícil a HyperX conseguir uma fatia do mercado.

Particularmente, eu gostei muito do Pulsefire, mas não tem como comparar com esses concorrentes, que, além da precisão mais aguçada, apresentam softwares robustos para macros e personalização de iluminação. Se você gostou muito desse modelo, a recomendação é aguardar uma queda no preço e torcer para que a HyperX considere o lançamento de um aplicativo para melhorar a performance do produto.

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