Saiba como a Huawei imagina e prepara as cidades do futuro

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Se você pensa que a Huawei é apenas uma fabricante de celulares de pouca expressão, saiba que está completamente enganado. Além da venda de smartphones, a companhia multinacional com sede na China cobre áreas que englobam telecomunicações, redes e equipamentos. Mais que isso, só em 2014 ela teve uma renda líquida de mais de US$ 40 bilhões (R$ 124 bi), e hoje ela já emprega mais de 3 mil funcionários no Brasil.

Nesta quinta-feira (2 de junho), a empresa realizou o Huawei Digital City Summit 2015. No evento, ela trouxe executivos importantes para falar sobre o sucesso de algumas iniciativas já realizadas e outras que estão por vir. Veja alguns dos nomes que marcaram presença no palco: Ruby Zhou (diretor comercial da Huawei), Americano Bernardes (diretor de infraestrutura para inclusão digital), João Bruder (analista sênior de Telecom da IDC), Márcio Caldeira (diretor técnico da Hexagon), Eduardo Koki Iha (gerente sênior de Smart Cities e IoT) etc.

O ponto principal do dia foi a ação da Huawei para transformar cidades. No Brasil, o conceito foi implementado em Águas de São Pedro, no estado de São Paulo. Nós fomos até lá para ver como as tecnologias se integram e funcionam no local, e basta clicar aqui para ler o relato.

O que é uma Smart City?

Smart City é uma cidade comum — seja pequena ou grande — que utiliza todas as tecnologias de comunicação e informação para um único objetivo: melhorar a forma como os habitantes vivem, trabalham e se relacionam. Unindo os três fatores, o desenvolvimento socioeconômico entra também como uma certeza.

Para tornar uma cidade inteligente, é necessária uma ótima prestação de serviço, um uso eficiente de recursos (humanos, de infraestrutura e naturais) e a implementação de práticas financeira e ambientalmente sustentáveis.

Segundo um estudo do Banco Mundial, um crescimento de 10% nos acessos à banda larga impacta positivamente o PIB em 1,3%

Mas o que tudo isso significa? A resposta é: internet banda larga e WiFi para todos os residentes do município, integração entre mobilidade viária, saúde, segurança pública e educação (até com a utilização de apps específicos) e uma gestão transparente — os gastos municipais ficam claros para os cidadãos.

Se você quer um exemplo raso, mas válido, sobre como a integração e a tecnologia podem ajudar a vida de todos nós, basta lembrar dos vários aplicativos de táxi disponíveis na Google Play, iTunes e Windows Store. Com alguns toques, você chama um motorista e ainda acompanha o trajeto dele até você.

Agora, dentro de uma Smart City, isso poderia acontecer com serviços públicos, como a polícia e os ônibus. Outra opção seria encontrar uma escola ou ponto turístico indicado por um amigo de maneira mais rápida.

Para tudo existe um ônus

Uma cidade conectada também significa uma cidade vigiada. E a frase "quem não deve não teme" fica um tanto rasa dentro desse contexto. A falta de privacidade é uma discussão em pauta atualmente, já que quanto mais câmeras que rastreiam os nossos passos são colocadas nas ruas, a sensação de estar preso cresce ainda mais. Não deve ser muito agradável estar na fila do pão com uma câmera te encarando — e 1984 já nos mostrou o que uma tecnologia mal conduzida pode fazer.

Porém, durante uma mesa redonda com os executivos da Huawei e da Hexagon (líder mundial no fornecimento de soluções geoespaciais e de engenharia, agora parceira da empresa chinesa), todos foram incisivos sobre segurança de dados e privacidade: as cidades inteligentes não vão sofrer com isso, já que pessoas totalmente capacitadas vão operar a tecnologia.

Huawei conectando o mundo

Para entender o sonho da companhia chinesa, é necessário saber o que já foi feito: foram selecionados 800 parceiros de serviços e integradores, 1,1 mil fornecedores e 4,3 mil canais parceiros para desenvolver mais de 60 cidades inteligentes em mais de 20 países pelo mundo.

Contudo, não basta a vontade da companhia chinesa. É necessária uma sinergia entre empresas privadas e órgãos públicos para as Smart Cities saírem do papel.

Quem sabe, no futuro, megalópoles como São Paulo e Rio de Janeiro também consigam fazer parte de um ecossistema tecnológico que tanto ajuda os moradores quanto faz um trabalho de inclusão digital. De acordo com o relato de um dos executivos durante a mesa redonda, isso é possível — talvez, se torne uma realidade mais breve se dependermos apenas da Huawei.

Fontes

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