Análise: smartphone HTC One [vídeo]

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Em termos de mercado, uma distância muito grande separa a Samsung da HTC. Enquanto a primeira praticamente conseguiu a supremacia nas vendas com a sua linha Galaxy, a empresa taiwanesa HTC ainda é uma desconhecida por muitos, no Brasil e no exterior.

Desde o segundo semestre do ano passado, a HTC desistiu de comercializar seus produtos no Brasil. Por conta disso, apesar do sucesso de crítica na imprensa especializada, o smartphone HTC One, lançado em fevereiro desse ano, nunca chegou às nossas lojas.

Fomos buscar no exterior um aparelho para análise para conferir de perto todo o potencial do smartphone. O resultado da nossa avaliação é o que você confere agora.

Aprovado

Design de construção

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O design do HTC One é sem dúvida um dos aspectos que mais chamam a atenção do produto. Leve e com acabamento de primeira, o modelo tem laterais curvas levemente arredondadas que tornam a pegada firme e evitam escorregões. A parte traseira possui detalhes emborrachados.

Já na parte frontal, o aproveitamento de tela nas laterais é extremamente satisfatório, deixando espaço na parte de baixo e de cima para os alto-falantes.

Tela com 469 ppi

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A tela Full HD do HTC One possui uma densidade de pixels de 469 ppi e, por conta disso, a empresa tem motivos de sobra para se orgulhar: o HTC One é o smartphone com a maior densidade de pixels disponível no mercado. Essa qualidade de imagem exibida na tela com resolução de 1920x1080 faz toda a diferença.

Em se tratando de filmes e jogos, as imagens exibidas revelam nitidez e contraste perfeitos e os ajustes de brilho ressaltam ainda mais essa característica. Já quando o assunto é fotografia, mesmo imagens com contraste menor e um certo nível de ruído têm um ganho significativo quando exibidas na tela do aparelho que é, sem sombra de dúvidas, a melhor já testada pelo Tecmundo.

Interface HTC Sense

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Outro grande diferencial do HTC One é a interface Sense, exclusiva do aparelho. A modificação do Android feita pela empresa acabou se tornando um dos seus cartões de visita, e não é pra menos. A customização de telas se torna prática e eficiente.

Os widgets disponibilizados seguem um estilo similar ao das live tiles do Windows Phone. Assim, você pode adicionar informações em pequenos quadrados ao longo da interface, tornando as atualizações de conteúdo de suas redes sociais ainda mais acessíveis.

Desempenho

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Praticamente não há desafio que não possa ser encarado pelo HTC One. O processador quad-core Qualcomm Snapdragon 600 de 1,7 GHz está entre os mais potentes disponíveis na atualidade. Seu desempenho garante que o aparelho rode de maneira suave qualquer aplicativo disponível no Google Play.

A transição entre telas é fluida e sem travamentos. Em nossos testes, a execução de mais de uma tarefa ao mesmo tempo em momento algum deixou o sistema sobrecarregado com a sensação de lentidão.

Áudio

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Produzido em parceria com a renomada Beats, o áudio do smartphone HTC One certamente está entre os melhores do mercado. A distinção entre graves e agudos é bastante clara quando o som é executado em um volume alto com o celular sem fones de ouvido.

Com os fones a situação não é diferente e, se você leva em consideração essa característica antes de adquirir um aparelho, muito provavelmente este modelo deve ficar no topo da sua lista de desejos.

Reprovado

Câmera

Imagem noturna capturada com o HTC One. (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Uma das características diferenciadas da câmera do HTC é a tecnologia de ultrapixels. A câmera do HTC One possui 4 megapixels, o que numa comparação direta com os seus concorrentes pode parecer pouco. Entretanto, graças ao recurso de ultrapixels – pixels maiores e que capturam mais luz – o modelo pode se comportar da mesma forma que um que possua câmera de 8 megapixels ou 13 megapixels.

Há pontos positivos e negativos nessa tecnologia. O maior ponto positivo, certamente, fica por conta do ganho de qualidade em imagens capturadas em ambientes com pouca luminosidade. A entrada de maior quantidade de luz faz com que as imagens noturnas acabem tendo menos ruído – o que pode se mostrar um diferencial no comparativo com as câmeras do Galaxy S4, do iPhone 5 e do Lumia 920.

Porém, o maior dos problemas está nas fotos convencionais, tiradas em ambientes fechados ou com luz natural. A maior exposição à luz faz com que as cores “estourem”, se mostrando distorcidas e em uma qualidade abaixo da dos seus concorrentes. Na prática, é como se você tivesse uma câmera de 13 megapixels à noite e menos de 8 megapixels durante o dia.

Comparativo entre imagens: HTC One (no alto), Samsung Galaxy S4 (ao centro) e iPhone 5 (terceira foto). (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Essa falta de equilíbrio entre condições favoráveis e condições adversas de luminosidade por confundir bastante o usuário. Some-se a isso o fato de que a tela do HTC One, com 469 ppi, “engana” o consumidor, proporcionando um ganho significativo na exibição de uma imagem. Ao transferi-la para o computador, é notória a diferença de qualidade o que, de fato, é decepcionante.

Duração de bateria

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Ótimo desempenho, um processador de ponta e qualidade de tela acima da média requerem um pouco mais de energia do que outros aparelhos. Porém, no caso do HTC One, a bateria infelizmente não acompanha o ritmo do produto premium lançado pela empresa taiwanesa.

Em nossos testes, em uso moderado, o aparelho se mostrou pouco eficiente, com uma durabilidade de bateria abaixo da média. Como ela não é removível, isso significa que ao adquirir esse aparelho você terá que andar com o carregador dele por aí, pois dificilmente o modelo suporta um dia todo de uso.

Mesmo em stand by, quando o consumo deveria ser menor, foi possível verificar a bateria sendo drenada com mais rapidez com o 3G ou o WiFi ativo. Sem dúvida, esse é um requisito que merecia ter recebido um pouco mais de atenção por parte da empresa.

Testes de desempenho

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
 
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Nossos testes de desempenho são realizados apenas em caráter demonstrativo, de forma que eles não entram nem nos aprovados e nem nos reprovados da nossa análise. Mais uma vez, utilizamos os aplicativos AnTuTu Benchmark e Vellamo (nas modalidades HTML5 e Metal) para comparar o desempenho do HTC One com outros aparelhos.

No AnTuTu Benchmark o aparelho da HTc ficou atrás apenas dos dois modelos de Galaxy S4, da Samsung. A mesma característica foi percebida no teste Metal, do Vellamo. Já no teste HTML5 do Vellamo, o Sony Xperia SP permanece sendo o smartphone com melhor desempenho, seguido de perto pelo HTC One.

Vale a pena?

Infelizmente o HTC One não está disponível no Brasil e não há planos de que ele seja vendido por aqui algum dia. Entretanto, aqueles que cogitam importar o produto devem ficar atentos, pois se por um lado ele pode mesmo ser considerado um dos melhores do mercado, por outro há limitações que impedem que ele seja utilizado de forma plena no país.

É o caso da compatibilidade com o 4G, uma vez que a frequência do padrão brasileiro é diferente. Em termos de preço no mercado internacional, o produto se posiciona ao lado de modelos como o Samsung Galaxy S4 e o Sony Xperia Z, chegando até mesmo a ter vantagens em alguns quesitos.

O acabamento de alta qualidade, o áudio de primeira, a customização da interface com o HTC Sense e, principalmente, a densidade de pixels da tela são os principais diferenciais do produto. No entanto, como todo smartphone, ele também não é perfeito. A bateria deixa muito a desejar e a qualidade de câmera poderia ser melhor.

Custando cerca de US$ 700 (o equivalente a R$ 1.554, sem impostos), o modelo compete lá fora nesse quesito com os principais modelos da Sony e da Samsung, se mostrando mesmo um dos Android mais potentes do mercado. Se você considera ir para o exterior, certamente esse é um aparelho que merece figurar na sua lista de desejos.

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