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Ontem aconteceu em Washington a Exposição e Reunião Anual do Exército dos Estados Unidos, evento voltado para a apresentação de novas tecnologias adotadas pela divisão terrestre das forças armadas americanas. Durante a ocasião, algumas empresas demonstram também equipamentos e tecnologias que esperam ser do interesse dos militares daquele país.
Esse é o caso da companhia Sikorsky, que no evento apresentou a seu helicóptero S-97 Raider. A máquina ainda é uma prova de conceito e está sendo desenvolvida sem o financiamento do governo, mas a empresa espera que em um futuro próximo o Exército ofereça um contrato para empregar o modelo como helicóptero de reconhecimento. O aparelho que era usado para essa função até recentemente, o Kiowa, foi aposentado, e a Sikorsky espera preencher esse lugar.
O Raider foi projetado de forma bastante diferente do que o habitual quando se fala em helicópteros. Ele possui um par de rotores rígidos girando em sentidos opostos para elevação vertical e uma hélice propulsora montada na cauda para o impulso horizontal. Isso permite que o protótipo voe a velocidades acima de 460 km/h (250 nós), além de poder pairar a grandes altitudes.
O veículo foi baseado na pesquisa feita pela própria Sikorsky em outro protótipo – o X2, que você confere na imagem acima –, que em 2010 quebrou não oficialmente o recorde de velocidade entre as aeronaves de asa rotativa, quando voou a 250 nós. A apresentação do modelo foi conduzida pelo piloto de testes Bill Fell, que costumava pilotar o Kiowa quando estava no Exército. Ele conduziu os dois testes de voo conduzidos com o S-97 até agora, um em maio e outro em setembro deste ano.
O Raider tem espaço na cabine para piloto e co-piloto, além de um compartimento de passageiros com seis lugares em sua parte central. A propulsão da hélice traseira faz a aeronave se deslocar de forma mais semelhante a um avião do que a um helicóptero propriamente dito, o que combinado com os rotores fixos faz do protótipo muito mais ágil do que o convencional. Ele é capaz de suportar a força de até três vezes a gravidade da Terra enquanto manobra.
Quando atinge a altitude de voo, os seus controles podem ser travados na posição mais eficiente possível, permitindo que o piloto utilize apenas o manche cíclico para fazer pequenas correções na trajetória. É possível regular o giro da hélice traseira para controlar a velocidade do voo, assim como inverter sua rotação para fazer a aeronave voar para trás. O modelo começa a fazer testes de desempenho no ano que vem, e a companhia que o desenvolveu espera chegar à sua versão final o mais breve possível.
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