(Fonte da imagem: Reprodução/Ubergizmo)
Desde a década de 1950, em que a IBM lançou os primeiros discos magnéticos para salvar diferentes tipos de arquivos, este tipo de produto tem um tempo de vida bastante parecido — que é de mais ou menos uma década. Dessa maneira, a maioria das alterações em componentes deste gênero foi relacionada à capacidade de armazenamento.
Em uma tentativa de mudar esse tipo de tendência, por assim dizer, um time de pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, começaram a trabalhar em um novo tipo de disco. Resumindo, a novidade deveria durar uma quantidade maior do que dez anos e sem deteriorar os dados que foram guardados nela.
Uma ótima ideia...
Dessa maneira, este pessoal chegou a um disco que é capaz de durar e salvar arquivos por 1 milhão de anos — e, não, você não leu errado. Em primeiro lugar, eles começaram a trabalhar com a teoria de que os dados salvos (0 e 1) deveriam conter uma quantidade mínima de energia entre eles, servindo de barreira, o que dificulta a sua quebra — o amontoado mínimo definido foi de incríveis 63 ou 70 KBT.
Depois disso, os pesquisadores holandeses viram que o projeto era possível e acabaram criando um disco que realmente pudesse trabalhar dessa forma. A estrutura é fina e feita de tungstênio, sendo que há algumas linhas feitas na superfície do material e uma proteção criada com camadas de nitreto de silício.
E resultados incríveis!
Imagem aproximada do disco feito pelos estudiosos holandeses. (Fonte da imagem: Reprodução/TechnologyReview)
Para que o disco magnético realmente pudesse durar por 1 milhão de anos, ele teria que resistir por uma hora a uma exposição à temperatura de 171 graus Celsius. Para a surpresa de algumas pessoas, a novidade passou por essa provação e conseguiu aguentar uma rodada em um calor de 574 graus Celsius.
Dessa maneira, é possível concluir que o disco criado pelos holandeses é capaz de sobreviver por mais de 1 milhão de anos e preservar dados para civilizações futuras — desde que elas saibam trabalhar com este tipo de tecnologia, é claro. No entanto, os estudiosos também deixam claro que eventos extremos (como uma “revolta da natureza”) podem danificar o produto criado, de modo que ele não é “imortal”.
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