(Fonte da imagem: Reprodução/Extremetech)
Em 1965, um homem chamado Gordon Moore — que era o CEO da Intel — realizou algo que ninguém até aquele momento havia se atrevido a fazer: uma previsão de como o hardware iria evoluir no futuro. Segundo ele, o número de transistores em chips começaria a aumentar em 60% a cada 18 meses, coisa que realmente se confirmou.
Acontece que essa taxa de evolução está ficando muito difícil de ser alcançada, já que os transistores estão cada vez menores e, com tantos deles, há a dificuldade de colocá-los em somente um chip. Para que esse problema seja resolvido, é necessário encontrar uma nova maneira de produzir esses componentes, o que levaria a computação para outro nível.
Você pensa que isso vai demorar a acontecer? Pois parece que a solução já está sendo desenvolvida, como mostrou uma palestra da Semicon West 2013, conduzida por Adam Brand, profissional da companhia Applied Materials. Nesta espécie de conversa, ele e outras pessoas do ramo de chips debateram a questão dos transistores.
O jeito é diminuir mesmo...
De acordo com o que foi constatado nessa palestra, a maneira mais simples de criar chips mais “poderosos” é diminuir o tamanhos dos transistores. No entanto, o silício pode resultar em componentes de 14 nanômetros (nm), sendo que esse é o limite mesmo em estruturas em espiral — e essa redução não é o suficiente.
Dessa maneira, é muito provável que a indústria do segmento de chips comece a trabalhar com outros materiais. O que tem mais chances de ser escolhido é o silício-germânio (SiGe), já que a produção de transistores é baseada em silício e a mudança não seria tão grande. Sendo assim, seria possível chegar a um limite de componentes de apenas 7 nm.
Os problemas se repetem
(Fonte da imagem: Reprodução/Extremetech)
Neste cenário que foi citado anteriormente, mudanças significativas aconteceriam no campo da computação como um todo, mas outra barreira seria alcançada. A partir disso, vai ser necessário encontrar outro material para fabricar os transistores e investir em novas estruturas, como o tunelamento vertical, que deve ocupar menos espaço e facilitar o transporte de baixas voltagens.
Apesar de tantas informações, não é certo que os chips vão evoluir dessa maneira, mas a situação é promissora, já que a Intel e a Applied Materials já conseguem fabricar transistores de 5 nm em pesquisas. Além disso, depois de um debate tão próspero, podemos esperar por grandes evoluções em um futuro próximo.
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