(Fonte da imagem: Reprodução/InovacaoTecnologica)
Com o passar do tempo, a tecnologia foi evoluindo e os dispositivos voltados para o armazenamento de dados começaram a ter uma capacidade cada vez maior — tanto que, hoje em dia, você pode comprar facilmente HDs com capacidade de guardar um volume de informações equivalente a um Terabyte.
Contudo, é lógico que ainda há inúmeros cientistas que estão trabalhando para que a humanidade possa expandir o montante de dados que podem ser salvos em dispositivos eletrônicos. Por conta disso, o grupo de estudiosos da University of Southampton acabou criando um novo tipo de memória óptica de cinco dimensões.
Essa novidade consiste em uma espécie de placa de cristal de quartzo, em que foram utilizados laser que se movimentam em femtosegundos (280 quadrilhões de segundo) para que estruturas da dimensão de nanômetros pudessem ser feitas. Dessa maneira, por conta das suas dimensões e do tipo de fabricação envolvida, a novidade (que pode ser utilizada em discos, como o DVD) tem a capacidade de salvar 360 TB de dados.
O produto ainda está sendo testado, mas os resultados obtidos são bem positivos, de modo que ele está bem próximo de ser comercializado. Além disso, o material utilizado é tão resistente que o produto final tem uma vida útil enorme — os próprios desenvolvedores dizem que ele pode durar mais do que a raça humana.
Tá, mas e como isso funciona?
(Fonte da imagem: Reprodução/Extremetech)
Em CDs, por exemplo, os dados são gravados utilizando-se duas dimensões, que são a altura e a largura do objeto. Já no caso da memória 5D, como o nome já indica, são usados cinco parâmetros diferentes para que as informações sejam salvas: as duas já citadas, o “volume” e até mesmo o tamanho e a orientação das estruturas feitas, provenientes da polarização e refração da luz.
Essa característica descrita, quando somada ao fato de que mais de uma camada de quartzo foi utilizada no protótipo, aumenta ainda mais a capacidade do produto, sendo possível salvar três bits no lugar de somente um. E, como as marcações são feitas diretamente nos átomos do material, a vida útil dessas informações passa ser absurdamente grande, maior do que a de qualquer outro método já conhecido e resistindo a temperaturas até 1000° Celsius.
A criação pode ser muito bem utilizada por empresas que precisam salvar um volume enorme de dados, como companhias do ramo de tecnologia ou bancos, por exemplo, já que a tecnologia atual limita o armazenamento único a 20 TB. Para que isso aconteça, o pessoal da University of Southampton precisa achar um parceiro de negócios que esteja disposto a fabricar o novo tipo de memória em larga escala. Será que isso demora para acontecer?
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