Review: teclado Hardline Shadow Hunter

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A Hardline trabalha no mercado de informática já faz alguns anos, levando produtos dos mais variados tipos tanto para o usuário comum quanto para os gamers que buscam dispositivos com preços acessíveis.

Nós já testamos um mouse da fabricante e agora estamos aqui para falar sobre o teclado da mesma linha. O Shadow Hunter promete ser um periférico para jogadores que buscam algumas praticidades e necessitam de teclas de atalho com macros.

Além dessa característica, esse modelo conta com design diferenciado, teclas multimídia e sistema de retroiluminação com três perfis de cores. Será que a Hardline acertou na proposta do componente? Vamos conferir de perto todos os detalhes.

Especificações

Visual um pouco espalhafatoso

Já faz algum tempo que teclados deixaram de ser apenas periféricos para digitação e se tornaram elementos de decoração. Gamers gostam de periféricos com design arrojado, sendo que os mínimos detalhes acabam fazendo toda a diferença.

Pensando nisso, a Hardline apostou em um produto que tenta seguir esse tipo de conceito. As retas marcantes do Shadow Hunter deixam o visual interessante, encaixando o produto no devido segmento e atraindo a atenção dos consumidores.

Contudo, ao olhar de perto, podemos ver que o excesso de incremento não agrega muito na eficiência. O excesso de frisos e relevos prejudica um pouco a harmonia na combinação dos elementos, e vários adereços aplicados ao redor das teclas não ajudam muito na questão de ergonomia ou mesmo no quesito performance.

A presença de teclas multimídia é um ponto forte do produto, pois elas são úteis no dia a dia, mas nos incomodou um pouco o destaque para essas teclas e até mesmo o colorido delas, que acaba destoando do restante.

Apesar de o visual incrementado ficar muito chamativo, a fabricante mostrou alguns conceitos muito bacanas na parte de design que são bem úteis no dia a dia. O espaçamento entre teclas, os buracos na parte traseira que visam evitar problemas eventuais com acidentes envolvendo líquidos e a regulagem de altura vêm para agregar no design e na usabilidade.

Retroiluminação personalizada

Ainda falando em questão de visual, a Hardline aposta na questão da retroiluminação para conquistar os novos jogadores que buscam modelos com padrão RGB. Contudo, por conta de limitações no custo do dispositivo, a fabricante acabou optando por um esquema de luzes mais simples, que mescla vários tons e já vem com padrões definidos de fábrica.

Diferente da maioria dos concorrentes deste segmento, o Shadow Hunter não tem opções para ativar uma única cor de retroiluminação. Basicamente, o jogador pode alterar entre três perfis que se assemelham a um arco-íris. O colorido é de gosto um pouco duvidoso, não sendo exatamente o mais charmoso que já passou por nossas mãos.

Para compensar, a Hardline oferece três níveis de ajuste de brilho, garantindo conforto em diferentes ambientes. Caso o jogador se incomode, ainda é possível desativar totalmente a retroiluminação. Além disso, é possível usar as teclas “Fn + Luz” para ligar o modo pulsante, que faz as luzes se acenderem e apagarem com um pequeno intervalo de tempo.

Com macros, mas sem outros recursos

Levando em conta a proposta do produto, a Hardline optou por adicionar um esquema de teclas macros, o que facilita muito na hora de jogos de estratégia e títulos que exigem repetição de comandos.

O Shadow Hunter tem três teclas principais (m1, m2 e m3) para gerenciar o sistema de macros, que podem ser ativadas através dos botões adicionais (g1, g2, g3, g4 e g5) na lateral do produto. A configuração é bem simples e não exige qualquer programa adicional, mas nós achamos que um aplicativo também não faria mal algum para ter melhor controle nesse sentido.

Obviamente, essa funcionalidade é de grande valia, já que ajuda em várias situações, mas, considerando que estamos tratando de um dispositivo gamer, algo que é informado pela fabricante, sentimentos falta de mais recursos que poderiam realmente fazer a diferença nos jogos, como teclas anti-ghosting ou mesmo componentes semimecânicos (já que teclas mecânicas acabariam encarecendo muito).

Vale a pena?

A Hardline deixa bem claro que este é um teclado para jogos, mas, na prática, o que percebemos é que o produto está um pouco abaixo do padrão de alguns concorrentes — como modelos da Thermaltake, Cougar e outros.

Pensando na questão dos jogos, o Shadow Hunter tem apenas teclas macro que visam ajudar o jogador na execução de alguns comandos, mas não há outros recursos disponíveis. Isso não é exatamente um problema, se pensarmos que é possível jogar normalmente com o produto, contudo, os jogadores normalmente esperam teclas um pouco melhores.

A retroiluminação poderia ser um grande diferencial, mas o padrão de cores aleatórias acaba deixando o visual muito chamativo e pouco conveniente. Sinceramente, cores sólidas poderiam casar melhor com a proposta, já que esquemas de LEDs RGB são muito caros.

Por fim, temos a questão do preço. De acordo com a fabricante, o produto está disponível nas principais lojas por valores que começam próximo aos R$ 150. Levando isso em consideração, não podemos dizer que vale a pena optar pelo produto, uma vez que ele tem poucos recursos para jogos e chega pelo mesmo valor de produtos similares com mais funcionalidades.

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