Cientistas conseguem emitir luz a partir de folha de grafeno

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Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, da Universidade Nacional de Seul e do Instituto de Pesquisa de Padrões e Ciências da Coreia conseguiram emitir luz a partir de uma folha de grafeno. Eles utilizaram o material supercondutor como um filamento entre dois eletrodos, por onde passaram uma corrente elétrica.

O filamento, com largura menor que a de um fio de cabelo, emitiu luz suficiente para ser visto a olho nu. Wang Fon-Jen, um dos cientistas envolvidos no experimento, disse ao site Phys.org que o que o time de pesquisa desenvolveu foi basicamente a lâmpada mais fina do mundo.

Reduzir uma fonte de luz a uma escala nanométrica não foi nada fácil, ainda mais usando o antigo modelo de condução de eletricidade através de um filamento. O tamanho microscópico faz com que a maioria dos materiais se parta na presença de uma temperatura elevada.

Fotos de uma folha suspensa de grafeno emitindo luz visível, captadas em um microscópio óptico (esquerda) e em um microscópio eletrônico de varredura (direita). Imagem: Young Duck Kim

Grafeno e a lâmpada de Edison

Isso só foi possível com o grafeno devido à sua propriedade de conduzir o calor com menos eficiência de acordo com o aumento da temperatura a que é exposto. Isso significa que o calor fica concentrado em um pequeno ponto no centro da amostra, e não chega às suas extremidades, o que impede que ela seja consumida. O material foi aquecido a 2500º C para emitir luz, o que comprova mais uma vez sua incrível resistência.

A descoberta de que o grafeno pode servir como fonte de emissão de luz animou os pesquisadores, que já imaginam usos para a nova tecnologia: desenvolvimento de displays ópticos mais flexíveis e resistentes ou chips que podem usar comunicação tanto óptica quanto elétrica.

É curioso pensar que quando Thomas Edison criou a lâmpada, em 1879, usou um filamento de carbono em seus experimentos. Agora o grafeno, uma forma cristalina da mesma substância, é utilizado 136 anos depois para o mesmo propósito. Quantos usos mais ainda serão descobertos para esse elemento tão versátil?

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