(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Considerado o “material do século 21”, o grafeno vai ganhar um centro de pesquisas avançadas com sede no Brasil. A novidade deve ser inaugurada no primeiro semestre de 2014 e será responsabilidade da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
O Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia (MackGrafe) contará com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e será o primeiro do gênero do Brasil. As instalações serão distribuídas em uma área de 6,5 mil metros quadrados e o investimento previsto é de US$ 15 milhões.
Considerado o material mais resistente do mundo, o grafeno é um cristal bidimensional de átomos de carbono, organizado em uma rede de padrão hexagonal. Uma folha de grafeno é mais fina do que a espessura de um filme plástico. O material foi descoberto em 2004 na Universidade de Manchester, na Inglaterra, e rendeu aos pesquisadores russos Andre Geim e Konstantin Novoselov o Prêmio Nobel de Física.
“O potencial de mercado dentro de dez anos é algo próximo a US$ 1 trilhão e, por isso, o MackGrafe pretende dominar todas as técnicas de obtenção do material. Os outros processos já estão sendo feitos e agora só falta o do crescimento”, explica Eunezio Antonio Thoroh de Souza, responsável pelo Centro.
O novo Centro se dedicará apenas à pesquisa, sem exportar ou fabricar produtos, mas com o propósito de obter o controle da tecnologia para que o Brasil não dependa de outros países.
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