Esconderijo de Osama bin Laden. (Fonte da imagem: Wikimedia)
O próximo passo das agências de inteligência americanas é bastante ousado. Em jogo, está a intenção de desenvolver um software que seja capaz de detectar exatamente onde foi tirada uma foto – ou seja, um sistema de geolocalização automático que diga as coordenadas de origem de qualquer imagem.
Hoje, esse processo de identificação é feito manualmente por analistas que reúnem a maior quantidade de informações possíveis sobre uma foto (flora, fauna, arquitetura, topografia, clima etc.), na tentativa de estabelecer uma ligação entre os elementos e alguma localidade.
Por outro lado, muitas fotos já vêm com selo digital, os chamados dados EXIF. Eles integram, entre outras coisas, data, horário, tipo de câmera e, em smartphones e modelos mais novos de câmeras, informações sobre a localização via GPS (apenas em equipamentos que contêm receptor desse tipo de sinal).
O objetivo do The Finder Program – como foi batizado o projeto – é criar um poderoso algoritmo que examine e combine imagens de satélite e fotos etiquetadas na web (graças a tags do Flickr), em busca de resultados precisos (ou que ao menos ajudem os analistas). Vale lembrar que o Google já vem trabalhando em um sistema semelhante.
Se desenvolvida, a tecnologia seria de grande valia na guerra contra terroristas e fugitivos, pois tornaria vídeos e imagens de propaganda – conteúdo geralmente veiculado por grupos extremistas – uma verdadeira arma contra eles mesmos.
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