Como já era esperado, são os trabalhadores que terão que pagar todo o pato da crise. A mais recente prova disso é o novo movimento do governo Temer. Os ministros Henrique Meireles (da Fazenda) e Marcos Pereira (da Indústria) debateram na última quinta-feira (28) novas regras fiscais para enfrentar a crise econômica, e, entre as novidades a serem adotadas, estão a taxação de compras internacionais em sua totalidade ou a criação de uma faixa de isenção apenas simbólica.
Em miúdos, isso quer dizer que toda e qualquer compra internacional deve começar a ser taxada com os famigerados 60% sobre o valor total da compra, que inclui os produtos e até o frete. Por enquanto, pedidos de até US$ 50 enviados e recebidos por pessoas físicas são isentos dessa taxação. A ideia é acabar com essa faixa de isenção ou implantar um valor apenas simbólico para substituir os US$ 50. Podemos imaginar algo como US$ 5,00 ou mesmo US$ 1,00.
A ideia é acabar com essa faixa de isenção ou implantar um valor apenas simbólico
Essas novidades ainda não foram implantadas pelo governo e não devem entrar em vigor imediatamente, pois não há datas nem programação para tal. Contudo, é possível que essa situação mude a qualquer momento.
Portanto, se você comprou algo na Amazon gringa, no AliExpress ou no DealExtreme, por exemplo, fique ciente de que as chances de receber o produto sem pagar imposto de importação estão praticamente extintas.
Para enfrentar a crise?
O governo Temer espera que, com isso e várias outras mediadas que aumentam a carga tributária sobre o trabalhador, o governo possa arrecadar mais para enfrentar a crise. Contudo, não se fala em reverter esses aumentos uma vez que a crise for superada.
O comércio nacional certamente comemora as novas regras
O comércio nacional certamente comemora as novas regras, uma vez que a importação de produtos baratos do exterior começa a ficar cada dia menos atraente, mesmo com preços de smartphones, por exemplo, tendo subido 40% em média no último ano no mercado brasileiro.
Para colocar a cereja no bolo, os ministros supracitados também comentaram sobre a possibilidade de expandir os incentivos fiscais dados a grandes empresas e magnatas da exportação. Nesse movimento, eles pagam menos impostos, o resto da população enfrenta uma carga tributária crescente.
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