No último dia 19 de setembro, a GoPro reuniu a imprensa para anunciar o lançamento de vários de seus novos produtos. Entre eles estavam as câmeras GoPro HERO5 Black e HERO5 Session, além de um novo drone chamado Karma.
“Mas péra aí! A GoPro faz drones?”
Não fazia antes, mas isso acaba de mudar. No evento, a companhia apresentou o Karma, que é o seu primeiro drone para quem quer fazer filmagens aéreas com as câmeras da mesma fabricante. Pois nós estivemos neste evento e tivemos a chance de conferir como é a experiência de voo do produto.
Controle simples
Quando eu peguei o controle do Karma lembrei de experiências ruins pelas quais já tinha passado ao experimentar outros drones — incluindo quedas e impactos com alguns modelos. Não é exagero dizer que eu sou mesmo um “barbeiro dos ares”, mas tive uma grata surpresa com o Karma.
No evento da GoPro, nós pudemos testar o produto com o modo “Easy” ativado para os comandos. Esse modo garante muito mais facilidade nos comandos do Karma, pois realiza compensações de software para impedir desestabilizações e comportamentos de voo que possam ser considerados perigosos.
O controle do dispositivo é bem confortável, apesar de ser um pouco pesado. Nos analógicos é possível fazer o controle do drone com relação a altura, orientação horizontal e também ordenar a movimentação. Para controlar a câmera, os comandos são enviados pela tela sensível ao toque integrada.
Vale dizer também que smartphones e tablets podem ser conectados ao controle do drone para o compartilhamento das imagens e também para o controle da câmera integrada a ele. Ou seja: enquanto uma pessoa faz a pilotagem, outra pode comandar as filmagens sem qualquer dificuldade — lembrando que não é possível pilotar o drone pelo smartphone.
Outro ponto que merece ser destacado é o do “modo passageiro”. Com ele, há como ligar mais dois smartphones ao dispositivo para assistir às imagens que são enviadas por ele.
Modos automáticos
Além de permitir a pilotagem rápida, o Karma também traz quatro modos automáticos de voo para garantir que as imagens salvas sempre fiquem com o melhor direcionamento possível. Há modos que fazem a exploração de ambientes e que fazem filmagens em “órbitas”, por exemplo.
O que nós testamos foi o “Cable cam”. Este modo permite a criação de dois pontos A e B para simular uma câmera de estádios esportivos, por exemplo. Com isso, o drone Karma faz o caminho repetidas vezes para levar as imagens de uma região definida anteriormente. Como você pode ver no GIF acima deste parágrafo, os comandos são feitos por toques na tela de um modo bem simples e rápido.
Qualidade de imagens e som
A qualidade das imagens salvas pelo Karma é a mesma da câmera GoPro que estiver conectada a ele. Ou seja, quanto mais avançada a câmera melhores serão os resultados. Nos nossos testes, usamos as novas GoPro HERO5 Black e os resultados são bem impressionantes. Alta resolução e boa captação de luz são boas coisas deste dispositivo. Mas o melhor ainda está por vir....
O mesmo vale para o áudio das gravações, que tem a qualidade das câmeras. É claro que o som das hélices anula qualquer outro som da região, mas isso não chega a ser um problema, uma vez que as gravações devem ser editadas após as gravações.
Estabilização: o grande destaque
A GoPro nos levou para testar o Karma em uma região bem alta da Califórnia. Como você pode imaginar, isso significa que o local é atingido por ventos bem fortes em alguns momentos. Isso significa que as imagens são tremidas? Muito pelo contrário! Graças à soma entre estabilização eletrônica das câmeras e estabilização mecânica do drone, as imagens ficam estáveis e incríveis.
Acima deste parágrafo você pode conferir algumas imagens que fizemos durante estes testes. Há apenas alguns reposicionamentos bruscos na filmagem — em redirecionamentos horizontais —, mas isso é responsabilidade de quem está filmando, pois é possível fazer a transição com muito mais suavidade.
É importante também mencionar o grande responsável por essa estabilidade: o GoPro Gimbal. Anexado ao Karma, ele é o estabilizador mecânico que permite que todas as filmagens fiquem com alta qualidade e suavidade. Confira abaixo uma pequena amostra do funcionamento dele.
Com esses recursos de estabilização, o Gimbal da GoPro compensa qualquer situação de vento e desestabilizações de movimento. Vale dizer que ele pode ser anexado também a um acessório chamado “Karma Grip” para que a estabilização de alto nível também possa ser aproveitada em solo — sendo segurada pelo próprio usuário.
E a bateria, TecMundo?
Nós não pudemos testar o aparelho por períodos prolongados, por isso não há como afirmar como as baterias do aparelho se comportam. De acordo com a fabricante, uma recarga de uma hora pode permitir até 20 minutos de utilização em ambientes com pouco vento — e não demandando toda a transmissão entre drone e controle, que pode chegar a 1 km. Se isso for confirmado, certamente trata-se de um ótimo resultado.
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O GoPro Karma ainda não tem previsão de lançamento no Brasil, mas chega aos Estados Unidos no final de outubro pelo preço de US$ 799 (R$ 2.587*), sem câmera integrada. Já com as câmeras, os kits vão custar US$ 999 (R$ 3.234*, com a GoPro HERO5 Session) e US$ 1.099 (R$ 3.558* com a GoPro HERO5 Black).
*cotação do dia 23/09/2016
Viajamos a Squaw Valley a convite da GoPro
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