Em julho deste ano, Eric Schmidt visitou Cuba para promover a liberdade de acesso à internet na ilha — e agora, meses depois, finalmente podemos conferir o primeiro fruto desse trabalho. Em uma postagem no Google+, Schmidt anunciou o lançamento da Google Play e do Google Analytics no país.
Por conta do bloqueio imposto pelos Estados Unidos ao país, só apps gratuitos da loja virtual e a versão sem custos do sistema de tabelas serão disponibilizados. Desenvolvedores interessados em oferecer ferramentas grátis podem fazer isso pela área restrita. Por enquanto, não é possível ter qualquer dado sobre o alcance do Android por lá.
À primeira vista, esse parece um pequeno passo — afinal, nós temos esses serviços desde quando eles foram lançados. Ainda assim, para um país que sofre um pesado embargo dos Estados Unidos, a medida é bastante considerável.
Como é a internet em Cuba?
De acordo com Schmidt, que é o atual chefe do conselho da Google, "a internet de Cuba está presa nos anos 1990", com aproximadamente 3% ou 4% dos habitantes com acesso à internet em cafés ou universidades. As linhas telefônicas atingem um quarto da população e, na maioria dos casos, são subsidiadas. A rede estrutural de celulares até existe, mas é frágil.
Além disso, a internet "é altamente censurada" e a infraestrutura é feita de componentes chineses. Para Schmidt, a barreira norte-americana não faz sentido, especialmente se o objetivo é fazer com que o país modernize-se e escape do regime atual: dar poder ao povo seria colocar um smartphone na mão de cada um, encorajar a liberdade de expressão e colocar ferramentas de informação nas mãos dos cubanos.
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