O site colaborativo iFixit conseguiu colocar as mãos em um exemplar de desenvolvimento do Project Tango Tablet, aparelho da Google em fase de pesquisa, e descobriu como funciona a tecnologia de mapeamento em três dimensões trazida pelo projeto. Um projetor infravermelho traça linhas e padrões pelo ambiente e a dupla de câmeras integradas consegue captar os dados para mapear todo o espaço, guardando um modelo 3D do local na memória, podendo até medir a distância entre objetos em seu campo visual.
As possibilidades de uso são diversas, já que o sistema lembra uma versão aperfeiçoada – e bem mais complexa – da tecnologia usada pelo Kinect da Microsoft. O funcionamento é feito com base em como nós, humanos, percebemos o mundo, com uma câmera dedicada para interpretar os raios infravermelhos projetados e a outra mais focada em captar movimentos. Jogos com realidade aumentada, compras por lojas virtuais e até projetar a arrumação dos móveis na sala – sabendo exatamente o espaço em que pode se encaixar as mobílias – são algumas das opções possíveis de serem desenvolvidas.
O tablet, por si só, já tem configurações de respeito, começando pelo cérebro do aparelho: um chip quad-core Tegra K1 da NVIDIA, rodando a 2,3 GHz. Para garantir que os desenvolvedores não se limitassem pelo hardware na hora de criar seus aplicativos, a equipe de Tecnologias e Projetos Avançados da Google (ATAP, no inglês) resolveu não economizar no resto das especificações também. São 4 GB de memória RAM, 128 GB de armazenamento interno, porta USB 3.0, saída micro HDMI e uma tela de 7 polegadas com resolução 1080p.
Assim como ocorreu com o Google Glass, o Project Tango – composto de tablet e smartphone – teve apenas algumas centenas de unidades produzidas, que foram enviadas para alguns profissionais de tecnologia sortudos que se cadastraram no site do projeto. Com mais essa novidade, será que a Google está mais perto da dominação mundial à la Skynet? Melhor deixar o telefone da Sarah Connor nos contatos, só para garantir.
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