Você já deve saber que a Google tem um setor chamado Google X, onde novas pesquisas e experimentos da empresa são realizados sem de fato estarem ligados a um produto comercializado pela companhia no momento.
O novo projeto que passou a fazer parte desse setor se chama “Baseline Study” e pretende definir o que é um ser humano perfeitamente saudável.
Se você não imaginou qual seria a utilidade de um projeto como esse, pense em como seria interessante definir quais sãos padrões de saúde da nossa espécie. Com isso, você poderia determinar se uma pessoa está doente ou não, mesmo não sabendo exatamente qual enfermidade ela possui. Sabendo inicialmente que existe um problema, é possível fazer exames médicos focados exatamente naquele quesito em que a pessoa não passou no “teste de saúde da Google”.
Tempo e dinheiro
Um possível teste como esse seria capaz de economizar muito tempo e dinheiro. Os médicos não precisariam fazer tantos exames para traduzir sintomas e os pacientes poderiam prevenir o desenvolvimento de doenças antes mesmo de elas se tornarem perigosas.
O Baseline Study está sendo coordenado pelo Dr. Andrew Conrad, que começou a fazer parte do Google X em março do ano passado. Desde então, ele começou a formar uma equipe de pesquisadores que possui algo entre 70 e 100 pessoas, todas de áreas como bioquímica, óptica, biologia molecular e outas.
Marcadores biológicos
Para fazer esse projeto render frutos, a equipe do Baseline vai utilizar o poder computacional da Google para analisar dados de milhares de pessoas, colhendo material genético a partir de fluidos corporais (lágrimas, urina ou suor) e tecido (pele, pelos ou unhas). Ainda assim, inicialmente, apenas 175 voluntários estão participando do estudo, que pretende encontrar os chamados “biomarkers”, que são indicadores do organismo para alguma condição ou estado biológico.
Isso é normalmente utilizado para identificar doenças, mas, até hoje, a medicina conseguiu encontrar esses “marcadores” apenas em pessoas já doentes. A esperança do projeto Baseline é conseguir de alguma forma encontrar esses marcadores bem precocemente, para que as doenças possam ser prevenidas antes de se tornarem graves ou apresentarem sintomas.
Dr. Conrad explicou que, apesar de toda a expectativa sobre esse projeto, não podemos esperar resultados tão logo. Seu colega de projeto, Dr. Sam Gambhir, diz o mesmo e comenta que não há exatamente um prazo. “Ele sabe que isso não é um projeto de software que pode ser feito em um ou dois anos”, disse Gambhir se referindo a Conrad. “A gente [os médicos] costumava comentar sobre curar o câncer em alguns anos. Aprendemos a não dizer mais coisas como essa.”
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