Uma das palestras que chamaram mais atenção durante a I/O 2014, a conferência anual da Google, foi aquela a respeito do Projeto Ara. O líder do projeto, Paul Eremenko, decidiu mostrar o progresso da sua equipe no desenvolvimento do primeiro smartphone modular. Durante a apresentação eles mostraram um protótipo funcional, ou que deveria ter sido funcional se a apresentação não tivesse dado alguns problemas.
A demonstração começou com a montagem dos diferentes módulos do celular Ara. Em seguida, o aparelho apresentou certa demora para ser ligado, mas mesmo assim ele foi verdadeiramente ovacionado e aplaudido pelo público. Uma vez funcionando, não demorou muito para que o Ara congelasse na tela de boot, de onde ele não saiu durante toda a apresentação. Apesar da falta de sucesso, os problemas técnicos não diminuíram a empolgação do público com o novo aparelho.
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Você pode aprender um pouco mais sobre o projeto Ara com este vídeo lançado em abril deste ano:
Paul Eremenko também anunciou um desafio para todos os desenvolvedores. Um prêmio de 100 mil dólares será oferecido para quem conseguir criar um módulo funcional para o projeto que faça uma coisa completamente inédita, ou seja, diferente de tudo que um telefone jamais fez.
As grandes dificuldades do Projeto Ara:
Ele falou sobre as críticas que o projeto recebeu, pessoas que diziam que não era possível criar um celular 100% modular. Segundo Eremenko: “nós começamos transformando afirmações como ‘isto é impossível’ em números, quantificando exatamente o que tornava este projeto tão difícil, para que nosso time pudesse resolver estes problemas”. As dificuldades técnicas eram imensas, um dos obstáculos era a transferência de dados através de interconectores capacitivos.
O próprio sistema do Android precisa sofrer algumas modificações para suportar um hardware modular, e o projeto Ara será o maior teste de resistência para a flexibilidade do OS da Google. Eremenko também citou alguns módulos possíveis para o projeto, como um dispositivo para abrir e operar seu carro, câmeras com diferentes qualidades e funções como visão noturna, e etc...
As peças do Projeto Ara serão feitas em impressoras 3D, especialmente modificadas. Para fazer o celular modular funcionar, a 3D Systems está reinventando o processo de impressão 3D, deixando de lado o formato tradicional em prol de um novo sistema de movimentação contínua, no qual a impressão funciona em diversas etapas independentes de acabamentos e manipulações dos módulos.
O desenvolvedor chefe fechou sua palestra dizendo que um dispositivo de prévia estará disponível até o final do ano, para que outras empresas e iniciativa possam desenvolver software e hardware para o Ara. “Isto vai ser muito difícil, mas vamos conseguir terminar este projeto juntos”.
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