Entre suas qualidades, a Google é reconhecida por não poupar esforços e investimentos em inovações.
O problema é que nem sempre as apostas da companhia deram certo. E muitas outras tiveram os seus ciclos de vida terminados — algo normal para a grande maioria dos produtos, sejam eles softwares, veículos de locomoção ou equipamentos eletrônicos.
Com isso, a empresa se viu diversas vezes obrigada a eliminar alguns dos serviços e ferramentas que faziam parte do seu portfólio. Na ilustração acima, você confere os principais produtos que a Google já sepultou ou que estão prestes a serem sacrificados.
Os nomes já riscados da lista
Google Reader
(Fonte da imagem: Divulgação/Google)
O mais recente velório promovido pela companhia foi o do Google Reader, sendo quase um consenso o espanto entre o grande número de adeptos do leitor de feeds ao vê-lo na lista de serviços fadados à morte na chamada “faxina da primavera” promovida pela empresa.
A justificativa da Google para encerrar as atividades de um dos mais eficientes serviços de leitura via RSS foi o declínio de utilizações. Como previsto no anúncio realizado em março, o Reader foi oficialmente descontinuado no dia 1º de Julho de 2013.
Você está preocupado em como vai acompanhar as notícias a partir de agora? Conheça 16 alternativas para substituir o finado serviço.
Google Talk
(Fonte da imagem: Divulgação/Google)
Também conhecido como GTalk pelos mais “chegados”, durante muitos anos este foi o mensageiro instantâneo da Google que funcionava integrado a outros serviços da empresa, como o Gmail e o Google+, ou como aplicativo no desktop.
Sua rivalidade com o MSN da Microsoft sempre foi inevitável, mas nessa queda de braço a cria da empresa fundada por Bill Gates levou vantagem ao longo da existência desses dois serviços de comunicação já sepultados. Desde o dia 15 de maio de 2013, o Google Talk foi substituído pelo Google Hangouts.
Google Notas
Pensando em facilitar a vida dos mais esquecidinhos, a Google desenvolveu este aplicativo gratuito que possibilitava a criação de um caderno de anotações online. Com ele, bastava um simples clique de mouse para armazenar links, imagens ou textos — podendo acessá-los de qualquer lugar e a qualquer hora, bastando estar conectado à internet.
(Fonte da imagem: Divulgação/Google)
Mas a morte do Google Notas em julho de 2012 não foi em vão. O legado deste serviço está presente até os dias de hoje com o Google Keep, que basicamente possui o mesmo objetivo do seu predecessor.
Google Wave
O Google Wave foi anunciado em 2009 e tinha como objetivo reunir em uma única plataforma as características de diversas categorias de serviços, incluindo email, rede social e mensageiro instantâneo.
Quando lançado, ele prometia “enterrar” o email e assumir o seu posto como um dos principais mecanismos de comunicação das pessoas. Bem, ao que parece o planejamento da companhia não deu muito certo e quem acabou em uma cova foi o Wave no dia 30 de abril de 2012.
Picnik
Este editor de imagens online foi fundado em 2005, sendo adquirido cinco anos mais tarde pela Google. Dessa data em diante, a equipe do Picnik trabalhou em conjunto com desenvolvedores da gigante das buscas para implementar novidades relacionadas à fotografia em seus produtos.
AmpliarLegado deixado pelo Picnik para o Google+. (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
O serviço foi oficialmente encerrado no dia 19 de abril de 2012. Contudo, seu espírito ainda “sobrevive” por ter algumas de suas principais funcionalidades incorporadas pelo Google+. Caso você ainda não saiba, a rede social da companhia possui um editor de imagens nativo com direito a ferramentas de recorte, redimensionamento, efeitos pré-definidos, ícones de decoração, caixas de texto e ajustes de cor, nitidez e exposição.
Jaiku
Jaiku foi o microblog da Google, podendo ser comparado ao renomado Twitter. Este serviço foi fundado em 2006 e comprado pela companhia em 2007. Ele não conseguiu fazer sucesso entre os internautas da época como a rede social do passarinho conseguiu mais recentemente.
Nas mãos da gigante das buscas, o Jaiku se tornou um moribundo por anos a fio: virou software livre em 2009, teve seu fechamento anunciado em 2011 e foi sepultado somente em 15 de janeiro de 2012. Embora já esteja fora do ar, a sua engine (núcleo do seu funcionamento) ainda está disponível para que qualquer um faça download e desenvolva uma nova ferramenta.
Google Health
Lançada em 2008, esta ferramenta da Google visava fornecer uma forma com a qual as pessoas pudessem armazenar, gerenciar e compartilhar as suas informações médicas. O serviço inclusive disponibilizava um recurso para avisar os horários nos quais o usuário deveria tomar seus remédios. Infelizmente, a saúde do Health não suportou a falta de demanda por suas funcionalidades e ele acabou falecendo no dia 1º de janeiro de 2012.
Google Buzz
(Fonte da imagem: Divulgação/Google)
Podemos definir o Buzz como uma tentativa da Google de emplacar um serviço que oferecesse várias funções de uma rede social sem — em sua essência — ser uma. Entre os recursos disponibilizados, estavam o compartilhamento de links, atualização de “status” e estabelecimento de chats no formato de comentários.
Um de seus diferenciais é que o internauta podia divulgar conteúdos e iniciar uma nova conversação diretamente do Gmail. Ele morreu precocemente no dia 15 de dezembro de 2011, com cerca de 1 ano e 10 meses de vida.
Sidewiki
A Sidewiki consistia em uma barra de ferramentas adicionada à lateral do navegador que permitia aos internautas ler e adicionar informações úteis sobre qualquer uma das páginas visitadas. A ideia não vingou e padeceu com um pouco mais de 2 anos de existência, no dia 5 de dezembro de 2011.
Google Dictionary
Como o seu próprio nome revela, este serviço foi o dicionário online da Google e que mais tarde deu origem ao Google Tradutor, o sistema de tradução da companhia que persiste até hoje. Parte de sua função ainda vive integrada ao mecanismo de busca da empresa por meio da função operator. O seu óbito foi oficializado no dia 5 de agosto de 2011.
Google Labs
(Fonte da imagem: Divulgação/Google)
O Google Labs era o site usado pela companhia para revelar os recursos e serviços em desenvolvimento, permitindo que qualquer internauta os pudesse testar. Em suma, ele foi o playground dos entusiastas que queriam experimentar as novidades planejadas pela Google em primeira mão. O seu fechamento foi anunciado pela Google em julho de 2011.
Google SearchWiki
Se hoje o buscador da Google é um tanto quanto “rígido”, em tempos de outrora ele já foi mais flexível. Em 2008, a empresa revelou ao mundo um recurso que permitia, a quem estivesse devidamente cadastrado, realizar anotações e reordenar os resultados das pesquisas efetuadas.
Essas modificações eram aplicadas individualmente, ou seja, elas afetavam apenas você e não os demais internautas. Com o tempo, a companhia percebeu que as pessoas não queriam reorganizar os resultados apresentados, mas obter respostas mais relevantes de acordo com buscas anteriores e marcações específicas. Por isso, no dia 3 de março de 2010, o Google SearchWiki foi descontinuado e cedeu lugar para o mecanismo Google Stars.
Dodgeball
O Dodgeball, comprado pela Google em 2005, era uma rede social baseada na sua localização. A pessoa informava ao serviço onde estava via SMS e ele retornava notificações de acidentes na região, amigos que estavam por perto e possíveis pontos de interesse. Algum tempo depois, o criador do projeto original se desvencilhou da gigante das buscas e fundou o Foursquare. Após a “aposentadoria” deste serviço no dia 14 de janeiro de 2009, o Google Latitude assumiu o seu lugar.
Google Lively
(Fonte da imagem: Reprodução/Arianes Life in the Metaverse)
Este foi o concorrente da Google para o Second Life. No Lively, os internautas podiam criar seus avatares tridimensionais para conversar e interagir com outras pessoas. A ideia era fazer com que o mundo real fosse transportado para o virtual, mas as expectativas da empresa não foram correspondidas. No dia 19 de novembro de 2008, a companhia anunciou que eliminaria o serviço no final de dezembro daquele ano. E assim foi feito!
Google Answers
A Google já teve devaneios quanto ao seu sistema de pesquisa. Quando lançou o Google Answers em 2002, houve quem o comparasse a um oráculo. Isso porque as pessoas enviavam suas perguntas e especialistas nos assuntos questionados encaminhavam as respostas.
O problema é que, caso a pergunta fosse inédita e nenhuma resposta já dada pelo site atendesse à sua necessidade, era preciso pagar de US$ 2 (R$ 4,50) a US$ 200 (R$ 445) para obter novas informações. Os internautas preferiram obter respostas gratuitas e o Google Answers caiu em desuso, sendo desabilitado no final de 2006.
A próxima vítima
iGoogle
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
Revelado em 2005, o iGoogle foi a forma da Google permitir que os internautas pudessem ter uma página personalizada, apresentando informações de seu interesse conforme eles quisessem.
Para isso, este serviço permitiu a configuração de uma homepage, que poderia ser adotada em todos os navegadores, na qual seriam exibidas caixas de notícias via feeds e widgets para mostrar a previsão do tempo, a cotação de moedas, um resumo da caixa de entrada do Gmail, um ponto no Google Maps e muito mais.
Depois de oito anos de serviço, e com o desenvolvimento e aprimoramento do Google Now, a hora do iGoogle está chegando e ele deve ser sepultado no dia 1º de novembro de 2013.
Texto e ilustração baseados no artigo da WordStream.
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