10 produtos da Google que serão esquecidos com o tempo

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Quem acompanha o mundo da tecnologia sabe que a Google não economiza quando o assunto é investir no desenvolvimento de novos produtos. A companhia é reconhecida internacionalmente pela sua postura nesse sentido, uma vez que eles não passam muitos meses sem anunciar alguma novidade.

Larry Page, um dos fundadores da empresa, gosta de dizer que na tecnologia sempre há espaço para tornar a vida das pessoas cada vez melhor. Isso, no entanto, tem o seu preço, pois os investimentos em inovações são extremamente altos – e não têm nenhum retorno garantido.

Investindo praticamente no escuro

Vários analistas de mercado já criticaram alguns movimentos da Google, dizendo que a gigante de Mountain View desperdiça dinheiro demais em produtos que não têm nenhuma chance de vingar. O fato é que sem inovação não veríamos alguns dos serviços que fazem parte do nosso dia a dia – e que tornam a nossa vida bem mais fácil. O próprio buscador da companhia é um excelente exemplo disso tudo.

Porém, nem tudo que é desenvolvido consegue se mostrar um verdadeiro sucesso. Muitos produtos da Google receberam atenção especial da empresa, milhões em investimentos e muita publicidade, mas acabaram fracassando.

Vários ainda estão bem vivos em nossas memórias, alguns ainda funcionam e outros ainda nem sequer chegaram a ser lançados – contudo, muito provavelmente eles cairão no esquecimento sem que o mundo perceba. Você sabe de quais serviços estamos falando?

Google Labs

O Google Labs não era um único serviço. Na verdade, ele funcionava como um verdadeiro canal de produtos da companhia. Lá, a empresa permitia que todos nós pudéssemos utilizar alguns produtos experimentais. Muitos ainda estavam iniciando o seu período de testes e a Google aproveitava as dicas dos usuários para incrementar os serviços e ver quais deles conseguiam fazer sucesso.

10 produtos do Google Labs que têm chance de evoluir

O Labs foi desativado pela companhia há pouco mais de um ano, no começo de 2012. De acordo com a empresa, uma das razões do seu cancelamento foi o fato de que a gigante de Mountain View queria canalizar melhor o seu dinheiro. A ideia, segundo eles, seria direcionar os esforços para desenvolver os seus produtos mais consagrados e com melhor potencial.

Google Wave

Atualmente, o Google Wave não passa de uma onda em nossas memórias. Tá bem, a piada foi fraca, mas não deixa de fazer sentido, pois o serviço da companhia, que prometia revolucionar alguns aspectos sociais da internet, acabou se mostrando um grande fracasso.

O Wave (na época conhecido como o “sucessor do email”) foi cancelado por vários motivos, como as mudanças radicais que ele trazia nas comunicações entre as pessoas, a sua interface bastante complexa e o fato de que os usuários tinham uma curva de aprendizado mais longa do que o normal, algo que acabou afastando muita gente do serviço.

Google Buzz

O Google Buzz era uma espécie de rede social a ser adaptada para as contas do Gmail. Assim como o produto anterior, o Google Wave, ele também não agradou a muita gente e acabou se mostrando um verdadeiro fracasso de mercado.

Google Buzz está com os dias contados(Fonte da imagem: Divulgação Google)

Uma das principais reclamações sobre a ferramenta foi o fato de que o serviço apresentou vários problemas de privacidade, basicamente transformando a sua lista de contatos em uma espécie de rede social totalmente pública. A empresa teve até mesmo que assinar um termo de responsabilidade, prometendo monitorar o resultado dessa empreitada por 20 anos, cuidando para que ninguém tenha os dados pessoais expostos na rede.

Além disso, a integração com o fracassado Google Wave não colaborou para melhorar o desempenho do serviço, que caiu em desuso rapidamente e acabou se transformando em mais um fracasso a ser contabilizado pela empresa. O Google Buzz foi desativado no início de 2012.

Pool Party

O Pool Party durou tão pouco tempo que a maioria das pessoas sequer chegou a conhecer tal ferramenta. Tratava-se de um aplicativo desenvolvido para que os usuários pudessem compartilhar fotos pelos dispositivos móveis – algo que viria para competir com programas como o Instagram, por exemplo.

Não fomos nem convidados para essa festa... (Fonte da imagem: Reprodução/Tech Crunch)

A diferença seria o fato de que você poderia criar álbuns em grupos, juntando todos os seus amigos para compartilhar as imagens de um evento em comum. Ou seja, ele funcionaria como uma verdadeira “festa na piscina”.

Para criar o serviço, a companhia comprou outra empresa, a Slide, pagando 187 milhões de dólares por ela. Além desse gasto, a Google também investiu pesado no desenvolvimento do aplicativo – que acabou mal chegando ao conhecimento do público em geral e, logo em seguida, foi cancelado.

Google Goggles

A proposta do Goggles, pelo menos no papel, é algo realmente incrível. Apontar uma câmera para algum produto e obter informações sobre ele é aquele tipo de coisa que sempre vimos no cinema e que sonhamos em ter a chance de utilizar.

Google Goggles

Resolve até Sudoku (Fonte da imagem: Divulgação/Google)

Entretanto, ao sair do papel e chegar à vida real, o programa nunca caiu no gosto da galera, afinal de contas, a sua utilidade prática é bastante discutível. Quantas vezes você realmente utilizou a ferramenta ou, então, viu alguém lançando mão dela para alguma coisa?

iGoogle

O iGoogle surgiu há tempos, mais precisamente em 2005. A ideia do serviço é criar uma espécie de desktop virtual, permitindo que você tenha acesso fácil a várias ferramentas e widgets online. Apesar de ter alcançado um breve sucesso, o site acabou caindo em desuso, principalmente devido à evolução dos navegadores e as suas respectivas extensões.

O iGoogle ainda funciona contudo, deve sair do ar no dia 1º de novembro de 2013. A informação foi trazida pela Google em um comunicado emitido na metade do ano passado. Assim, os poucos que lançam mão do serviço ainda podem buscar alternativas semelhantes.

Carro automático

Carros automáticos e veículos controlados por computadores são assuntos que estão sempre em voga. Seja nos filmes ou na realidade, a ideia sempre é discutida devido à segurança e às diversas outras vantagens (e perigos!) que um sistema automático é capaz de proporcionar. É claro que a Google não ficaria de fora dessa, e a empresa trabalha no seu carro automático já há alguns anos.

Carro automático da Google ganha licença para rodarCarro da Google (Fonte da imagem: Annie Tritt/The Wall Street Journal)

Segundo a companhia, seus veículos já andaram quase 500 mil quilômetros durante os testes e, de acordo com Sergey Brin, automóveis com essas características devem começar a ser disponibilizados para os consumidores comuns em um período máximo de cinco anos. Entretanto, muitos analistas não concordam com o empreendedor.

Na verdade, a corrente de pessoas que acredita que algo do gênero não se tornará realidade em um futuro próximo é muito maior. Ou seja, a Google continuaria gastando fortunas no projeto sem ter qualquer retorno, algo que poderia fazer os acionistas da companhia aumentarem a pressão para que eles abandonem o projeto. Sem os carros automáticos nas ruas, o veículo da gigante de Mountain View acabaria caindo no esquecimento.

Google Plus

O Google Plus conta com milhões de pessoas cadastradas em todo o planeta. Entre elas, vários defensores ferrenhos, que acreditam que a rede social é muito melhor do que a sua principal concorrente, o Facebook. Contudo, apesar de haver tanta gente lá dentro e de ter o nome da Google por trás de seu desenvolvimento, o site tem pouquíssima atividade real acontecendo em suas páginas.

Google Plus atinge a marca de 100 milhões de usuários

(Fonte da imagem: Divulgação/Google)

Especula-se que o Google Plus foi um dos produtos mais caros desenvolvidos pela companhia nos últimos tempos, algo que significa também um enorme prejuízo, afinal de contas, estamos falando de centenas de milhões de dólares.

Com um serviço deficitário e que não traz o retorno esperado, algumas pessoas acreditam que não deve demorar muito para que a companhia anuncie uma futura desativação do projeto. Aí só restaria aquela lembrança do “site que tentou dominar as redes sociais”.

Orkut

Se o Plus entrou nessa lista, o Orkut também não fica para trás. A página, que antes dominava com folga o mercado brasileiro, acabou sendo abandonada pela maioria dos seus usuários, que rapidamente migraram para o Facebook.

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Há projetos para que no futuro o site seja “engolido” pelo Google Plus, ou seja, ele praticamente deixaria de existir. Logo, se o segundo também for desativado, então isso tudo representaria o completo desaparecimento do serviço. Assim, no futuro, só quem fizer uma forcinha poderá se lembrar dos scraps e comunidades que frequentava no passado.

Aardvark

O Aardvark era um serviço com a proposta de ajudar as pessoas a realizarem pesquisas de uma forma mais intimista e social. Com ele, você realizaria a sua pergunta e outra pessoa de qualquer parte do mundo responderia a sua questão. Para tanto, além dos “estranhos”, seus contatos no Facebook, Twitter e Gmail teriam uma espécie de prioridade na hora de mandar uma resposta para a sua pergunta.

Para trabalhar no serviço, em 2010, a Google comprou a startup que havia idealizado o projeto, gastando cerca de 50 milhões de dólares no processo de aquisição. Cerca de um ano depois, a ferramenta foi desativada. Segundo a companhia, os serviços do programa foram absorvidos pelo Google Plus e outras ferramentas da companhia.

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