Um projeto de lei na Alemanha está deixando muita gente preocupada, principalmente os executivos de serviços de buscas, como a própria Google. Isso porque o país quer instituir uma nova lei de defesa de direitos autorais para proteger os jornais locais cobrando uma taxa para cada título e parágrafo reproduzido nos resultados. Desnecessário dizer o quanto isso pesaria no bolso das companhias, não é mesmo?
Pois o responsável pela divisão europeia da gigante da internet, Matt Brittin, decidiu falar sobre o assunto e criticou duramente a proposta, alegando que ela é prova de que os políticos alemães não entendem a internet. Para ele, mais do que prejudicar o desenvolvimento da web, a medida também vai ser um golpe contra os próprios veículos de comunicação.
Brittin ressalta que não se trata de uma afirmação baseada em um dos lados afetados pela proposta de lei, mas por alguém que conhece o mercado e que trabalhou por anos como editor do jornal Trinity Mirror. Segundo ele, se a legislação entrar em vigor, todo o investimento que as próprias companhias fizeram em otimização de resultados e em marketing digital será jogado fora, pois tudo isso perderá valor.
Além disso, ele usa o exemplo da publicação britânica The Guardian para mostrar como é possível fazer com que um jornal sobreviva em tempos de internet coexistindo com outras ferramentas. Para Brittin, o ideal não é criar políticas restritivas como as que a Alemanha está propondo, mas investir naquilo que você faz de melhor. No caso do periódico inglês, a aposta em seu conteúdo online fez com que os 652 leitores fora do Reino Unido se transformassem em 30 milhões em 50 anos.
Fonte: Venture Beat
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