Reuters. Por Hyunjoo Jin e Joonhee Yu - O presidente do conselho do Google minimizou a preocupação com a possibilidade da empresa conferir tratamento preferencial à Motorola Mobility, depois que a aquisição da fabricante de celulares for concluída.
A Ásia é o continente de origem da Samsung Electronics, maior fabricante mundial de aparelhos móveis equipados com o sistema operacional gratuito Google Android. A aquisição da Motorola por 12,5 bilhões de dólares, anunciada em agosto, despertou preocupações de que o Google possa se tornar importante rival das empresas que usam o Android sob licença.
"Em termos gerais, com todos os nossos parceiros, gostamos de dizer que a aquisição da Motorola será concretizada e iremos gerir a empresa de maneira independente, sem que a posição do Android como sistema aberto seja prejudicada... não vamos mudar de qualquer maneira séria a forma pela qual operamos," disse Eric Schmidt a jornalistas em visita à Coreia do Sul, nesta terça-feira.
Os comentários foram interpretados como um esforço para reassegurar os aliados do Google entre os fabricantes de celulares, que incluem a Samsung e a HTC. Os dois maiores fabricantes de aparelhos equipados com o Android estão envolvidos em disputas judiciais sobre patentes contra a Apple, que tenta bloquear o forte crescimento do Android, que recentemente se tornou a mais popular plataforma de software para smartphones.
Em resposta a uma pergunta sobre críticas de Steve Jobs, co-fundador da Apple, no sentido de que o Android copiava o iPhone, o principal produto de sua companhia, Schmidt disse que "o projeto Android foi iniciado antes do iPhone."
"Decidi não comentar sobre o que saiu publicado em um livro depois da morte dele. Steve era um ser humano fantástico e uma pessoa que me faz muita falta. Como comentário geral, creio que a maioria das pessoas concordaria que o Google é uma empresa muito inovadora, e gostaria de destacar que o projeto do Android começou antes do projeto do iPhone," disse ele.
Segundo uma biografia autorizada, publicada no mês passado, Jobs afirmou: "vou lutar até o último suspiro se preciso... para reparar esse erro. Vou destruir o Android porque é um produto roubado. Estou disposto a enfrentar uma guerra termonuclear em nome disso".
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