Na última terça-feira (20), o Google iniciou a distribuição do Allo, seu novo mensageiro que promete oferecer uma série de soluções inteligentes a usuários do Android e do iOS. No entanto, mal o produto chegou a um público selecionado, ele já começa a despertar algumas polêmicas relacionadas à maneira como ele lida com dados considerados privados.
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Durante o anúncio do aplicativo, no evento I/O deste ano, a empresa afirmou que ele teria sistemas de criptografia e, por padrão, armazenaria somente de forma temporária as mensagens trocadas. Algo bastante diferente do que ocorre na versão final que, por padrão, permite que a companhia tenha acesso completo ao histórico de conversas de seus usuários.
Embora seja possível evitar que isso ocorra ativando o Modo Anônimo, que cumpre as promessas feitas anteriormente. O que é preocupante na situação é o fato de que a maioria dos usuários “comuns” dificilmente vai se dar ao trabalho de conferir as configurações do aplicativo, o que só deve contribuir para aumentar as polêmicas relacionadas à maneira como o Google lida com os dados de seus consumidores.
Os motivos do Google
Segundo a companhia, a mudança de filosofia foi necessária para aprimorar os recursos de respostas inteligentes (Smart Reply) do Allo. Durante a fase de testes do aplicativo, seus desenvolvedores notaram que, ao permitir que mensagens fossem armazenadas localmente, os sistemas de aprendizado por máquina utilizados se mostravam mais eficientes.
Outros recursos apresentados pelo mensageiro incluem o envio e recebimento de emojis e uma versão prévia do Google Assistant que permite realizar buscas sem depender de outros softwares. O recurso funciona até mesmo dentro de chats de grupos, bastando digitar a linha “@google” para ativá-lo.
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