Já é possível conhecer algumas das principais localidades do mundo sem sair de casa. O serviço Google Street View começou com algumas cidades dos Estados Unidos e da Europa e hoje já chega a muitas localidades consideradas até mesmo inacessíveis, como a Ilha de Galápagos.
Porém, para tornar realidade os tours por cidades que você nunca conheceu de perto, foi preciso não só desenvolver uma tecnologia específica para esse fim, como também foi necessário adaptá-la. O famoso carro do Google Street View, por exemplo, ganhou versões em motoneves e até mesmo em mochilas, para ambientes internos.
Uma nova forma de explorar o mundo
O Google Street View foi lançado em maio de 2007 com a intenção de permitir a todos uma exploração do mundo por imagens tridimensionais. Isso fez com que fosse possível ir além da visão aérea restrita de antes para realmente “viajar” pelas cidades como se a câmera fosse um pedestre.
O funcionamento é realmente muito simples. Tudo o que você precisa fazer é ir até uma cidade e clicar no pequeno boneco amarelo (batizado de “Pegman” pelos criadores) que fica acima da barra de zoom, no lado esquerdo da tela. Ao arrastar o Pegman para fora da barra, as ruas que ficarem azuis indicam onde o Google Street View já está presente. Solte-o em uma rua e pronto, a visualização muda automaticamente.
Lugares no mundo em que o Google Street View está disponível (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
Como as imagens são capturadas
A Google coleta as imagens usando câmeras especiais, além de fazer automaticamente a combinação das fotos tiradas com a localização exata, graças ao GPS (Sistema de Posicionamento Global). As imagens são totalmente panorâmicas, girando 360° no sentido horizontal e 290° no vertical.
Atualmente os carros contam com nove câmeras direcionais, sendo oito delas localizadas nas laterais do equipamento para visões em 360°. No topo é usada uma lente olho de peixe para captar a visão de 290° vertical. Scanners que lançam raios laser são encarregados de medir a profundidade e verificar como deve ser a tridimensionalidade do terreno em até 30 metros de distância.
O carro também conta com o receptor GPS, encarregado de “marcar” as fotos com o posicionamento. Também há uma antena que coleta dados 3G e WiFi (um problema recente, já que a empresa tem sido alvo de críticas pelo suposto roubo de informações pessoais de redes desprotegidas). E, claro, o carro tem um computador para o armazenamento das imagens e dos dados.
Trolley do Google Street View. (Fonte da imagem: Reprodução/Google Street View)
Depois da captação, o processamento
Depois que as fotos são tiradas pelos veículos, é hora de realizar o processamento nos computadores. Primeiramente, todas as imagens capturadas são unidas aos dados obtidos para criar um panorama praticamente perfeito.
O próximo passo é o uso de uma tecnologia que detecta automaticamente alguns elementos que estejam na foto. Com essa detecção, é possível apagar e borrar os rostos de pessoas, placas e outras informações privadas nas fotos antes de enviá-las para o Google Maps. Isso evita que informações privadas caiam na internet e causem algum tipo de problema.
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