Um relatório feito pelo site App Annie veio mostrar que o crescimento da Google Play está tomando proporções realmente absurdas. No espaço de menos de um ano, o número de apps disponíveis na loja aumentaram em torno de 60% atingindo a atual marca de 1,5 milhões de itens para download.
Por falar em downloads, tivemos um crescimento igualmente grande na loja: do primeiro trimestre de 2013 para o mesmo período de 2014, o público passou a baixar 50% mais aplicativos. Vale notar que nesse espaço de um ano, o Brasil foi o país com o maior aumento nessa área – nada menos que 160% mais que antes, o que nos colocou em segundo lugar no mercado mundial de downloads de apps.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Freemium e lucros gigantescos
O crescimento em downloads pode ser grande, mas isso parece até pequeno se compararmos os números com a receita que os aplicativos vêm rendendo para a loja. Novamente no espaço de um ano, os aplicativos da Google Play passaram a gerar mais de duas vezes o quanto traziam antes – aproximadamente 2,4 vezes mais, para ser mais exato.
Boa parte disso se deve aos games, de fato. Embora ainda constituam apenas 40% dos downloads da Play Store, eles trazem 90% da receita da loja. Curiosamente, 98% desse valor vem dos games Freemium (sim, aqueles em que você gasta para desbloquear conteúdo), no lugar dos apps pagos. Isso é especialmente evidente em países como Japão e Coreia do Sul, locais onde os lucros por esse tipo de aplicativo beira o 100%.
Ainda maior no futuro
Se os números acima parecem impressionantes, saiba que esse promete ser apenas o começo. Uma pesquisa feita pela Juniper Research indica que, da atual receita de 20,9 bilhões de dólares que o mercado de jogos móveis apresenta atualmente, teremos um aumento de 38% até 2016, saltando esse lucro para 28,9 bilhões.
O estudo feito por eles também afirma que empresas do ramo estão mudando o foco de seus games. Agora, no lugar de tentar alcançar apenas o maior número possível de gamers casuais, desenvolvedores preferem tentar conseguir o máximo de lucro que podem de cada novo jogador. Isso, por sua vez, deve se refletir em um foco ainda maior nos apps para tablets, visto que essa é a plataforma em que o público está mais disposto a gastar.
As plataformas completamente dedicadas a games também não devem ficar de fora, continuando a ser o nicho para o público que é atualmente. Mas mesmo elas devem mudar, ganhando uma maior integração com o mundo online.
Fontes
Categorias