Caso você esteja tendo problemas com a duração da bateria de seu laptop baseado no Windows, pode ser uma boa deixar de usar o Google Chrome para navegar pela internet. Segundo um contribuidor da Forbes, essa versão específica do software possui um problema que faz com que o consumo de eletricidade de seu aparelho aumente em até 25%.
Isso acontece devido a um sistema conhecido como “system clock tick rate” (em outras palavras, a taxa de atualização do clock do sistema), usado internamente pelo sistema operacional e que dificilmente é conhecido pelos consumidores. Essa nomenclatura se refere aos intervalos entre a realização de diferentes eventos, que é definida de forma a evitar o uso excessivo de recursos em tarefas que não demandam um grande poder de processamento.
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Como padrão, o Windows define esse intervalo para 15,625 milissegundos, taxa que muda para somente 1 milissegundo a partir do momento em que o Chrome é aberto. Com isso, o sistema operacional passa a “acordar” mil vezes por segundo, ao contrário das 64 vezes em que está programado como padrão — o resultado é um consumo muito mais acelerado da bateria.
Um programa pode afetar todo o sistema
Segundo a Forbes, a própria Microsoft reconhece que a taxa de mil milissegundos pode aumentar a taxa de consumo energético em até 25%. O que torna o uso específico do Chrome um problema é o fato de que a “system clock tick rate” atua de maneira universal — ou seja, somente um software pode afetar a maneira como o computador lida com todas as tarefas ativas.
Ciente disso, o Internet Explorer foi programado para adotar taxas dinâmicas, embora, como padrão, adote a taxa de 15,625 milissegundos. No entanto, ao abrir um vídeo no YouTube, por exemplo, essa taxa aumenta para um milissegundo como forma de assegurar a reprodução com qualidade de conteúdos em alta definição (basta fechar a aba relacionada para que a velocidade de atualizações volte ao normal).
Embora uma taxa de atualizações maior assegure que seu computador vai apresentar um desempenho aprimorado, isso pode ser um problema quando lidamos com conteúdos pouco exigentes. No caso do Chrome, é justamente aí que está o problema — em vez de aumentar e diminuir valores de forma dinâmica, o navegador adota a taxa de 1 milissegundo a partir do momento em que é aberto, o que tem se mostrado mortal para usuários de dispositivos portáteis.
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