Petraeus e Broadwell, em 2011: ele traía a esposa, mas foi traído pelo Gmail. (Fonte da imagem: Reprodução/Reuters)
Manter uma relação extraconjungal durante o casamento também exige um pouco de sorte – e foi isso que faltou ao general David Petraus, diretor do alto escalão da CIA que foi recentemente demitido por causa da revelação ao público de seu caso com a ex-militar e biógrafa dele mesmo, Paula Broadwell.
Tudo era mantido em segredo: ambos se encontravam em locais isolados e trocavam emails com o uso de pseudônimos sob contas privadas do Gmail, diferentes das de uso cotidiano. E é aí que começa a história, que parece saída do roteiro de algum filme policial.
O problema é que Broadwell estava sendo investigada pelo FBI por mandar mensagens ameaçadoras a Jill Kelley, colega da família de Petraeus, mas que não tinha nada a ver com a história dos dois. Uma varredura inicial pela conta de Gmail da acusada levou os agentes a coletarem diversas informações sobre as mensagens trocadas pela militar, como data e local de envio, que incluía vários hotéis espalhados pelo país (onde eles provavelmente se encontravam). Aí foi só pedir um mandado judicial para monitorar as contas dela – e, sem querer, descobrir a “escapada” do general.
A investigação descobriu que Petraeus e a amante mantinham um canal privado no Gmail, onde trocavam mensagens de cunho sexual explícito. A revelação foi um escândalo nos Estados Unidos, já que ele é um dos heróis de guerra de maior prestígio no país. Em uma carta oficial, o general confirmou o caso, juntamente com sua demissão.
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