Embora já tenha sido substituído por um modelo superior, o Samsung Galaxy Note 4 continua sendo um dos phablets mais populares do mercado brasileiro. Porém, com a fama, não demorou muito para que o gadget passasse a ser pirateado. Hoje em dia, é extremamente fácil encontrar modelos falsos sendo comercializados ao redor da internet e em galerias de comércio alternativo.
Se você pretende adquirir o modelo, vale a pena ficar atento aos sinais que indicam que aquele Note 4 que estão lhe oferecendo é, na verdade, um celular de procedência duvidosa. A primeira dica é, naturalmente, prestar atenção nas divergências visuais: o phablet original possui uma traseira de couro sintético, laterais em alumínio e dois botões capacitivos que se acendem quando pressionados. As imitações geralmente não apresentam tais detalhes, oferecendo um corpo totalmente plástico e botões em adesivos.
Preste atenção também ao logotipo da Samsung, que deve estar presente tanto na região frontal (liso) quanto na traseira (em relevo) do gadget. O peso “oficial” do dispositivo móvel é de 176 gramas, sendo que os piratas costumam ser mais leves. Vale lembrar ainda que as cores oficiais do Note 4 são preto ou branco; se te oferecerem um eletrônico com alguma tonalidade excêntrica, como dourado, desconfie do vendedor.
Hardware e recursos exclusivos
Indo além, o Galaxy Note 4 possui uma série de recursos de hardware avançados que não são imitados pelos clones chineses. Se o leitor biométrico e o sensor de batimentos cardíacos não estiverem presentes, por exemplo, fuja: você está diante de uma cópia barata. A caneta S Pen também pode ser usada como uma verificação de autenticidade: somente o phablet original consegue se comunicar corretamente com esse acessório. Ao aproximar a caneta do display, um pequeno círculo deve aparecer na tela, para que você saiba exatamente onde ela está posicionada.
Fique atento também às especificações do aparelho. Os gadgets piratas vendidos por aí possuem configurações modestas, como processador com núcleo único de 1 GHz, 512 MB de memória RAM, 4 GB de armazenamento interno e câmera traseira de apenas 5 MP. É um hardware estupidamente inferior ao do Note 4 legítimo, que apresenta um processador octa-core (quatro núcleos de 1,3 GHz e quatro de 1,9 GHz), 3 GB de RAM e 32 GB para armazenamento de arquivos. A câmera traseira tem 16 MP e é capaz de gravar vídeos na resolução Ultra HD (4K).
De olho no software
Na parte de software, lembre-se sempre de conferir se o dispositivo que estão te oferecendo está com o Android 5.1 Lollipop ou pelo menos 4.4.4 KitKat, edição com a qual ele foi lançado. Versões falsas são equipadas com versões mais antigas, como 3.0 Honeycomb ou 4.0 Ice Cream Sandwich. Mesmo que o “piratão” esteja equipado com um SO recente, verifique se ele possui a icônica interface TouchWiz, que a Samsung faz questão de aplicar em todos os seus dispositivos.
Também devem estar presentes alguns softwares proprietários da empresa sul-coreana e que não podem ser instalados em qualquer modelo. Entre os principais exemplos, podemos citar o Smart Remote, o S Health, o S Note, o S Voice e o Flipboard – este último não é exclusivo da Samsung, mas dificilmente aparece pré-instalado em um phablet alternativo. Abra todos os softwares e verifique se eles estão funcionando corretamente.
Conferindo a certificação da Anatel
Por fim, ressaltamos também que o Galaxy Note 4, tal como todos os dispositivos eletrônicos comercializados oficialmente no Brasil, conta com o selo de homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); essa etiqueta precisa estar presente em alguma parte do aparelho. Cópias chinesas, por serem importadas e vendidas de maneira ilegal, não contam com tal certificação. Caso queira conferir mais dicas sobre como identificar um celular falso, clique aqui e confira nossa matéria especial a respeito do assunto.
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