Entre os 18 vencedores do World Summit Youth Award, evento da ONU que premia jovens com até 30 anos, está um projeto brasileiro chamado Annuitwalk, que são óculos para deficientes visuais.
Esse aparelho identifica objetos acima da linha da cintura e envia vibrações para um colar ou pulseira. A intensidade do feedback depende da distância em relação ao obstáculo, mas pode ser regulada de acordo com a sensibilidade de quem usa o dispositivo.
Foram necessários apenas R$ 45 para desenvolver o protótipo, que funciona em conjunto com a bengala. O valor é bem mais em conta que o de uma bengala eletrônica, que precisa ser importada e pode chegar ao valor de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Um cão-guia custa R$ 25 mil.
Em busca de investidores
O projeto desenvolvido em Pernambuco teve a coordenação do cientista da computação Marcos Penha. A equipe disse ter observado em testes que, com a bengala, os deficientes podiam identificar obstáculos no chão, mas dificilmente algo acima da cintura. É comum eles baterem em orelhões, por exemplo.
Agora, os pesquisadores buscam investidores para produzir o Annuitwalk em escala industrial. O prêmio recebido pelos brasileiros reconhece iniciativas que possam impactar as metas da ONU em seis categorias: luta contra a pobreza, fome e doença, educação para todos, empoderamento das mulheres, valorização da cultura local, meio ambiente e sustentabilidade e busca da verdade.
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