A Sony possui o PlayStation, que já está com várias versões no mercado. A Microsoft tem o Xbox. Apple e Samsung estão consolidadas com iPhone e Galaxy S, respectivamente. Mas nem todos os gadgets possuem a mesma “sorte” que os aparelhos citados acima. Pois é, a tecnologia está repleta de dispositivos que acabaram abandonados antes de chegarem ao mercado.
Momento errado de entrar no mercado, componentes fracos e estratégias ruins são apenas alguns dos motivos mais frequentes para que isso aconteça. Reunimos neste artigo alguns dos principais casos que podem ser lembrados para ilustrar o que estamos falando. Será que você conhece alguns deles?
1. HP Slate
Quando falamos da relação entre HP e tablets, não é apenas o HP Touchpad que precisa ser lembrado como um fracasso. Em 2010, Steve Ballmer (CEO da Microsoft) anunciou que a desenvolvedora do Windows estaria firmando uma parceria com a Hewlett-Packard para a produção do HP Slate, que seria equipado com o Windows 7 e alguns recursos de hardware satisfatórios.
(Fonte da imagem: Divulgação/HP)
O problema é que o sistema operacional da Microsoft não tinha sido projetado para ser utilizado em tablets – até porque, naquele momento, os tablets não eram nada perto do que representam hoje. Conforme constatamos em um computador Touchsmart em 2010, utilizar o Windows 7 em uma plataforma touchscreen era sofrível. O projeto foi abandonado e nunca mais se falou sobre ele.
2. Microsoft Courier
Mais uma parceria entre Microsoft e tablets. Mais uma que não deu certo. Em 2010, vários rumores começaram a circular sobre os primeiros portáteis touchscreen a serem produzidos com o sistema operacional Android, que naquele momento era restrito aos smartphones. Para frear o avanço da Apple e da Google, a Microsoft começou a projetar o Courier, que teria duas telas e seria comandado por uma stylus de alta precisão.
(Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
No mesmo ano, Bill Gates afirmou que havia dois grupos na Microsoft que estariam trabalhando arduamente para projetar um tablet de qualidade e que pudesse competir com os que já estavam no mercado. Mas quando ouviu que os planos envolviam o Courier, ele teve uma “reação alérgica”, conforme disseram algumas fontes da CNET.
O problema principal para Gates (que já não era mais o CEO) estava na total inadequação do Microsoft Courier ao ecossistema da empresa. E foi por isso que ele ordenou que os projetos fossem abandonados.
3. Panasonic Jungle
O que esperar de um conceito apresentado por uma empresa gigante? Geralmente esperamos algo grandioso, mas quando as imagens conceituais revelam uma captura de tela colada (de maneira não muito convincente) em um aparelho, podemos dizer que é melhor torcer para que ele não se torne realidade.
O conceito não muito caprichado da Panasonic (Fonte da imagem: Divulgação/Panasonic)
A ideia do Panasonic Jungle era realmente boa. Uma nova plataforma portátil para quem quisesse jogar seus games favoritos. O dispositivo contava ainda com um teclado QWERTY e vários outros recursos atrativos (como saídas HDMI e caixas de som). Mas nunca foi revelado se os jogos seriam executados no Windows ou em um sistema próprio. Foi abandonado depois da rejeição do público.
4. Palm Foleo
Estamos em 2012 e os aparelhos híbridos surgem a todo momento. Mas para que isso pudesse acontecer, foi preciso que um pioneiro se sacrificasse em 2007. E o nome dele é Palm Foleo, um dispositivo muito maior do que um smartphone, mas que não chegava perto das dimensões de um notebook. Seria muito parecido com os primeiros netbooks do mercado, mas nunca conheceu as prateleiras.
(Fonte da imagem: Reprodução/Palm)
Com o sistema operacional Linux, suporte para Wi-Fi e Bluetooth, dificilmente o Palm Foleo seria rechaçado pelos consumidores, mas a Palm decidiu que não era hora de arriscar tanto. Por essa razão, o Palm Foleo entrou na nossa lista de aparelhos abandonados antes mesmo de serem produzidos.
5. Sega VR
Hoje, as três dimensões já são uma realidade para o entretenimento domiciliar – com restrições bem grandes por causa dos preços, mas é. Mas em 1991, um aparelho que permitisse a imersão das pessoas por meio de “realidade virtual” era muito mais do que inovador, era revolucionário.
(Fonte da imagem: Divulgação/Sega)
E foi exatamente isso que a Sega propôs com o Sega VR: um sistema de “realidade virtual” que utilizava óculos especiais para permitir que os jogadores tivessem uma experiência muito mais aprofundada com o video game Mega Drive.
O projeto foi abandonado em 1994 sem nunca ter sido colocado nas lojas. Há vários rumores que apontam para uma explicação bastante curiosa da Sega: a empresa teria deixado o sistema de lado porque “ele era tão fiel ao mundo exterior, que poderia machucar as pessoas que o confundissem com a realidade”.
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