2016 foi um ano e tanto para a Samsung - para o bem e para o mal. Apesar das ótimas críticas recebidas pelos topos de linha da coreana, ninguém esqueceu que a sétima geração do Galaxy Note foi marcada por constantes casos de superaquecimento e até mesmo explosões.
Sem sombra de dúvidas, não foi só a fabricante que aprendeu um bocado com os acontecimentos: com cada vez mais eletrônicos adotando baterias maiores e mais potentes, não é raro que uma ou outra unidade apresente problemas. Justamente para te preparar na iminência de algum destes casos, listamos algumas atitudes que deixarão você e o seu smartphone mais seguros. Veja só:
Identificando os sinais
Embora seja também a mais tardia, a forma mais exata de saber quando há algo de errado com sua bateria é analisando o aspecto geral da peça. Sempre procure por sinais de vazamentos, manchas ou inchaços. Uma bateria que sofre desses problemas não é mais segura para o uso e tampouco cumprirá sua função, portanto, não há mais sentido em mantê-la no seu smartphone.
Aparelhos que ficam muito quentes em uso normal, ou quando estão sendo recarregados, também podem indicar uma bateria com problemas. De todo modo, não se arrisque estressando o dispositivo para testar seus limites – e tome cuidado para não confundir o calor da CPU do seu gadget com o que supostamente viria da bateria.
E quando já é tarde demais?
Você nunca notou vícios estranhos no seu celular, mas agora ele está muito quente e há barulhinho estranho saindo dele – é como chiado, algo bem baixo mas que ainda assim te preocupa. E aí, o que fazer?
Você já deve imaginar que o seu smartphone está com problemas graves na bateria, mas não sabe direito como proceder. O primeiro passo é sempre proteger a si mesmo e ao ambiente, afastando do aparelho tudo que for de fácil combustão. Em seguida, proteja suas mãos – com um par de luvas de cozinha, por exemplo – e retire o carregador da parede caso ele esteja conectado ao gadget.
Feito isso, remova o equipamento do local, munido de toda a segurança possível, é claro, e deixe-o em um lugar onde seja fácil tomar medidas emergenciais (como jogar água ou usar um extintor de incêndio).
Apenas quando tiver cumprido todas essas ações, pare, procure outro aparelho e comunique a sua fabricante sobre o acontecido. Ela tem a obrigação legal de te instruir da melhor forma e garantir que você descarte o aparelho em segurança. Certifique-se que, enquanto isso, o eletrônico com problemas está sob constante observação e livre de causar maiores danos aos arredores.
Em casos de incêndio ou explosão
Aqui a situação fica ainda mais séria, mas dificilmente um dispositivo entra em combustão ou explode sem apresentar algum dos estados que citamos acima. Em casos onde o aparelho já está pegando fogo ou prestes a explodir, não pense duas vezes em se afastar e buscar meios de extinguir as chamas.
Parece óbvio mas é aí onde mora a principal questão: as chamas causadas pela queima de elementos químicos não costumam ser extinguíveis pela simples supressão de oxigênio, você não deve nunca tentar abafar este tipo de fogo – principalmente jogando algo sobre as chamas.
Tente sempre utilizar um extintor de incêndio e, quando não for possível, use o máximo de água que puder, mas atenção: o aparelho não pode estar conectado à tomada. Do contrário, será necessário desligar a rede elétrica da sua casa antes de seguir este procedimento.
O que não deve ser feito?
- Ignorar os primeiros sinais – os tais chiados, inchaços, elevações de temperatura sem explicação, fumaça ou o odor de algo queimado;
- Tocar o aparelho com suas próprias mãos – por mais que seja instintivo, lembre-se que os químicos de uma bateria podem te queimar mesmo quando não estão incendiados;
- Descartar o aparelho em lixo comum – procure um local seguro para guardar o dispositivo até que a sua fabricante, ou um órgão responsável de sua cidade, possa recolher a peça danificada;
- Respirar os gases liberados pela peça – a bateria pode liberar gases tão nocivos à saúde quanto seus componentes de fato.
Mas afinal, como as baterias pegam fogo?
Por conterem várias substâncias químicas em seu interior – todas agrupadas em células de tamanho muito reduzido, quase sempre – não é difícil que algo dê errado e a bateria acabe em chamas. Normalmente tudo acontece porque materiais que deveriam estar separados se tocaram da forma e no momento errado.
Caso você não se lembre, foi exatamente o que acometeu as unidades explosivas do Galaxy Note 7: por estar inserida em um compartimento menor que o recomendável, as baterias tinham seus cantos constantemente pressionados pelo resto do aparelho.
Isto forçava a estrutura interna da bateria, que muitas vezes acabava unindo partes que deveriam se manter isoladas e causava um curto circuito.
Já nas baterias de reposição, o problema reaparecia quando elas eram perfuradas por sua própria estrutura
Sabemos que a primeira vista, tudo o que indicamos aqui pode soar redundante ou óbvio. No entanto, é válido lembrar que quando alguém se encontra nesse tipo de cenário, pensar e enumerar tais atitudes pode beirar o impossível.
Sendo assim, uma forma de evitar que você tome atitudes precipitadas é conhecer bem os passos a serem seguidos antes que precise agir de maneira instintiva e sem pensar muito.
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