Isso acontece com todo mundo e não é uma raridade. Os fones de ouvido sempre — sempre mesmo — embolam dentro das mochilas, bolsas, bolsos e outros locais em que ficam armazenados. Há quem brinque dizendo que existem duendes mágicos responsáveis por enrolar e gerar nós nos cabos, mas a verdade é que existe uma explicação matemática para todo esse processo.
Cientistas colocaram muitos fios dentro de uma caixa e fizeram com que ela circulasse por alguns lugares, simulando a movimentação que ocorre quando estamos com os cabos na mochila, por exemplo. Depois de algum tempo, eles chegaram à conclusão de que as cordas realmente ficaram emboladas. Para sermos mais exatos, os fios tiveram um total de 3.415 pontos com nós de diversos graus de complexidade.
Nós não vamos trazer contas matemáticas complexas, mas explicar isso com conceitos desse processo. Depois de analisar cada nó, os cientistas determinaram — por meio de cálculos de probabilidade — a relação entre o tempo de agitação da caixa com o comprimento dos fios para a criação de pontos com nós. Eles chegaram à conclusão de que quanto maior os cabos e maior o tempo, mais serão também os nós.
Eles informaram também que um cabo longo e flexível possui praticamente 100% de chances de ser embolado. O grande vilão disso tudo é a natureza dos cabos. Devido ao formato, à estrutura e à composição, eles tendem a enrolar e formar espirais — basta deixar um cabo esticado por algumas horas para você ver isso entrando em ação —, o que resulta nos entrelaçamentos que vemos a cada vez que puxamos os cabos de dentro das mochilas.
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