Não é de hoje que o Flash – plugin da Adobe usado e grande parte para a execução de animações nos browsers – tem sofrido "baixas" consideráveis em sua atuação no mercado. Uma das investidas mais recentes foi a da Google, que anunciou que o navegador Chrome passará a pausar conteúdo nesse formato que for considerado desnecessário pelo algoritmo da empresa. Agora, quem está levantando a bandeira contra o Flash é o novo chefe de segurança do Facebook.
Através do Twitter, Alex Stamos disse que já está no hora de a Adobe anunciar a "aposentadoria" do Flash e permitir que os browsers utilizem tecnologias mais seguras, como o HTML5. A provável motivação que levou o novo chefe de segurança do Facebook a expressar sua opinião foram os documentos do Hacking Team que revelaram uma falha crítica no plugin.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
It is time for Adobe to announce the end-of-life date for Flash and to ask the browsers to set killbits on the same day.
— Alex Stamos (@alexstamos) 12 julho 2015
"Está na hora de a Adobe anunciar uma data de encerramento para as atividades do Flash e pedir para os navegadores definirem os killbits [instruções dos browsers para deixar de usar uma determinada função baseada no ActiveX] no mesmo dia".
Even if 18 months from now, one set date is the only way to disentangle the dependencies and upgrade the whole ecosystem at once.
— Alex Stamos (@alexstamos) 12 julho 2015
"Mesmo que se passem 18 meses, uma data definida é a única forma de separar as dependências e atualizar todo o ecossistema de uma vez".
A "morte" do Flash está próxima?
Não é só o Facebook
Apesar de o novo chefe de segurança da rede social ter se posicionado em favor da "aposentadoria" do Flash, muitas outras empresas já assumiram a mesma atitude há algum tempo. Quando a Apple lançou o iPad, por exemplo, já havia dito que não usaria o plugin da Adobe – o que causou uma grande comoção na época.
A Google também fez o mesmo para o seu serviço de vídeos no começo do ano. Desde janeiro, o YouTube deixou de utilizar o plugin como padrão para a execução de vídeos e começou a adotar o HTML5 de forma definitiva. Será que estamos pertos de decretar a "morte" do Flash? Os fatos parecem indicar que sim, mas esse provavelmente será um processo longo e doloroso para todo mundo.
Fontes