Acelerador de partículas retoma busca de mistérios cósmicos

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Reuters. Por Robert Evans - O Large Hadron Collider (LHC), acelerador de partículas do Cern, está se preparando para retomar as colisões de partículas em plena velocidade, no mês que vem, com o objetivo de resolver mistérios fundamentais do universo, afirmaram cientistas e engenheiros do centro de pesquisa na segunda-feira.

Eles reportaram que a gigantesca máquina subterrânea estava em ótimas condições depois de 10 semanas de paralisação e que os feixes de partículas que voltaram a circular por ela no final de semana seriam acelerados até sua velocidade máxima no final do dia.

"Tudo está indo muito bem. O progresso vem sendo extremamente rápido desde que voltamos a acionar o LHC na noite do sábado", disse Mike Lamont, diretor de operações na sala de controle do LHC, perto de Genebra, em entrevista à Reuters.

O LHC foi fechado em 6 de dezembro para verificações técnicas de seu aparato imensamente complexo, depois de oito meses de operações.

"Esperamos acelerar os feixes até sua velocidade máxima dentro de algumas horas", disse Lamont, em referência à maior energia obtida até o momento pela máquina --3,5 tera elétron-volts, ou TeV--, desde que entrou em operação em 31 de março do ano passado.

"Nossas equipes de analistas estão se preparando para trabalhar com os dados de nova física que começarão a fluir de novo assim que as colisões forem retomadas, dentro de cerca de três semanas", disse Oliver Buchmüller, líder de equipe do detector CMS do LHC, um dos quatro grandes experimentos do acelerador de partículas.

"Nova física"

"Nova física", o lema do LHC, se refere ao conhecimento que conduzirá as pesquisas para além do "modelo padrão" de como o universo funciona, surgido do trabalho de Albert Einstein e de sua Teoria da Relatividade Especial, publicada em 1905.

"Este ano nos concentraremos em superssimetria, dimensões adicionais, a criação de buracos negros e o bóson de Higgs. Antecipamos que pela metade do ano já teremos os primeiros resultados", disse Buchmüller.

A superssimetria, ou SUSY, é uma teoria que admite a existência de duplicatas não detectadas das partículas elementares, e caso confirmada explicaria o mistério da matéria escura, que supostamente responde por cerca de um quarto do universo conhecido.

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