Sabemos que o limite de velocidade cósmico é a velocidade da luz. Até que provem o contrário, nada consegue ser mais rápido do que ela. E mesmo sabendo que as partículas quânticas interagem mais vagarosamente, os cientistas enfrentavam algumas dificuldades para calcular, com mais precisão, essa velocidade.
Mas de acordo com um artigo publicado na revista Nature, um experimento conduzido pelo físico Marc Cheneau e sua equipe foi capaz de identificar a velocidade máxima das partículas subatômicas, o que pode impactar, por exemplo, em descobertas na área da computação quântica.
Teoricamente, esse valor é calculado pelo Limite de Lieb-Robinson, que descreve como uma mudança em uma parte de um sistema se propaga pelo resto do material. Com esse estudo, os cientistas puderam testar a teoria de maneira prática e constataram que a propagação das partículas é de quase duas vezes a velocidade do som.
Apesar de o resultado não poder ser generalizado ― isto é, sistemas com propriedades físicas diferentes devem ter outro valor de velocidade máxima para a interação de suas partículas ―, poder comprovar que a vibração de átomos respeita um limite de velocidade é muito revelador e pode trazer novas implicações para o estudo sobre o fenômeno de entrelaçamento quântico, por exemplo.
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