Se você já tentou usar um nickname descolado – como na época de Orkut – ou algum apelido de infância no Facebook, é provável que a rede social tenha frustrado a sua empreitada em algum momento. No entanto, desde a última terça-feira (15), a empresa de Mark Zuckerberg pode dar um desconto para os usuários que apresentarem um bom motivo para não se apresentarem como seu nome de batismo na rede – como prevê a política do site.
No passado, membros da comunidade LGBT e grande parte dos cidadãos alemães conseguiram o direito de usar nomes “falsos” pressionando a companhia ou entrando na Justiça para conseguir driblar as regras do portal. Agora, porém, ferramentas desenvolvidas pelo próprio Facebook buscam tornar esse processo bem mais tranquilo e, claro, justo. Uma dupla de recursos permite que usuários da rede denunciem “fakes” em potencial, mas, ao mesmo tempo deixa que os suspeitos se defendam e expliquem a sua situação.
Os primeiros testes dessas funcionalidades começaram em outubro, nos EUA, com o objetivo tanto de facilitar a denúncia de contas roubadas ou termos ofensivos quanto de aprimorar a filtragem de relatos abusivos – que visavam apenas prejudicar algumas pessoas em situações de perigo ou grupos alvos de preconceito. Em uma postagem sobre o assunto feita em sua newsroom, a empresa disse reconhecer a importância de que ambos os lados sejam ouvidos, especialmente “para comunidades que são marginalizadas ou enfrentam discriminação”.
Para garantir que tudo seja o mais correto possível, o novo sistema exige que a pessoa explique detalhadamente por que está reportando alguém. Depois que todos os campos forem preenchidos, o usuário denunciado recebe uma notificação no site e tem uma semana para dar sua versão da história. Essa estratégia e uma nova equipe alocada especialmente para cuidar desse tipo de ocorrência deve fazer com que os casos de mudança de nome forçada e até mesmo de banimento da rede social sejam reduzidos drasticamente.
Se moldando à comunidade
Apesar disso tudo, o Facebook reforçou que não vai voltar atrás na sua política de nomes reais e deve continuar a insistir nessa exigência para a maioria esmagadora dos internautas. Regras de Zuckerberg e companhia à parte, é inegável que a adição dessas novas ferramentas é um passo na direção correta, principalmente para quem pode sofrer consequências fora da web caso utilize seus dados reais no site – ou que tenham motivos nobres para escolherem outras alcunhas.
Por enquanto, os dois recursos só estão disponíveis para os usuários norte-americanos, mas a previsão é de que, após testes, aperfeiçoamentos e comentários do público, o material fique disponível em outros pontos do globo. Adicionalmente, há uma boa notícia para quem é conhecido entre familiares e amigos por algum apelido carinhoso ou tem um nome artístico: o Facebook planeja deixar seu protocolo em relação a esse tema um pouco mais flexível no futuro próximo.
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