O Facebook certamente é a rede social com maior quantidade de conteúdos irritantes da internet, e que atire a primeira pedra quem nunca desfez a amizade com aquele indivíduo sem noção que só posta boatos e frases motivacionais em sua timeline. Porém, de acordo com um recente estudo feito por pesquisadores israelenses, há algo mais perturbador na rede social do que 10 milhões de fotos de bebês publicadas a cada minuto ou o renascimento de um hoax de 20 anos atrás: as discussões políticas.
A tal pesquisa foi elaborada por membros da Universidade Hebraica de Jerusalém em conjunto com profissionais da Universidade de Tel Aviv. Após entrevistar cerca de 1,1 mil internautas israelenses, os pesquisadores descobriram que 16% deles encerraram amizades por razões políticas durante os conflitos na Faixa de Gaza ocorridos no ano passado. Coincidência ou não, essa parcela de internautas é representada por pessoas que defendem ideologias extremistas e não costumam respeitar a liberdade de expressão.
Nicholas John, um dos responsáveis pelo projeto, afirma que essa atitude só traz resultados negativos para o indivíduo. “As pessoas desfazem amizades com quem possui visões políticas diferentes. Nós já sabemos que o Facebook e motores de busca nos oferecem conteúdos adaptados para nossos gostos. Ao desfazer uma amizade, a pessoa está contribuindo para a formação de câmaras de eco e filtros-bolha”, explica o israelense. “Além disso, quem é excluído geralmente são os mais jovens, politicamente mais ativos, que têm vários amigos no Facebook e são importantes em discussões online”, conclui.
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