(Fonte da imagem: Metro)
Uma reportagem publicada ontem (9) pelo jornal inglês The Sunday Post está chamando a atenção da imprensa e das autoridades internacionais para um problema social bastante recorrente no território britânico: o comércio ilegal de órgãos e prestação de serviços médicos para retirada e implante destes.
De acordo com o texto assinado pelo jornalista Ben Robinson, cidadãos de baixa renda e residentes do Reino Unido têm anunciado seus rins de maneira aberta através do Facebook, em uma tentativa desesperada de levantar algum dinheiro extra.
Robinson, que entrou na rede social disfarçado como um comprador em potencial (afirmando que precisava de um rim para uma irmã fictícia), afirma ter recebido 11 propostas de pessoas com coragem o suficiente para vender seu órgão de maneira ilegal.
Um dos internautas que mostrou interesse na transação possui 22 anos, vive na cidade de Northampton e pediu apenas 20 mil libras (cerca de R$ 78 mil) por seu rim. O homem contou ao repórter que usaria o dinheiro para financiar a viagem de sua esposa, que estava grávida e precisava voltar para sua terra natal (Hungria).
(Fonte da imagem: ListVerse)
Um grave problema social
O The Sunday Post também encontrou diversos outros anúncios cujos valores ultrapassam o citado anteriormente. Robinson afirma que há quem redija anúncios em grupos e/ou páginas especializadas pedindo mais de 30 mil libras por seus rins. De acordo com Luc Noel, representante da World Health Organisation (Organização Mundial da Saúde), a experiência do repórter demonstra “a vulnerabilidade de algumas pessoas e o poder do dinheiro fácil”.
Sempre é bom ressaltar os perigos envolvidos nesse tipo de comércio ilegal de órgãos. Aqueles que se submetem à tal atividade enfrentam cirurgias em clínicas clandestinas, que na grande maiorias das vezes não possui estrutura apropriada para assegurar a vitalidade de seus operados. Além disso, ainda que o ser humano seja capaz de sobreviver com apenas um de seus dois rins, é óbvio que a retirada brutal do órgão implica em problemas graves de saúde.
Resta saber se a equipe de Mark Zuckerberg tomará as medidas necessárias para barrar esse tipo de comércio em sua rede social, auxiliando as autoridades a desmantelarem esse mercado negro virtual.
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