Sucesso do Facebook preocupa investidores e especialistas (Fonte da imagem: The Verge)
O Facebook estreou hoje no mercado de ações e, com isso, teve seu valor avaliado em US$ 104 bilhões (cerca de R$ 280 bilhões), ultrapassando empresas como Citigroup, McDonald’s e Amazon. A oferta pública inicial de suas ações foi uma das mais caras da história, com preços fixados em US$ 38 (R$ 76). Nada mal para uma empresa que começou em um dormitório da Universidade de Harvard.
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De acordo com a consultoria inglesa WealthInsight, essa abertura de capital poderá criar 970 novos milionários, sendo que 165 deles serão considerados ultramilionários, com patrimônio acima dos US$ 30 milhões (cerca de R$ 60,2 milhões). Isso elevará em 2,3% a parcela de ultrarricos da Califórnia, que atualmente conta com 7.170 pessoas.
Mas, de acordo com o The Verge, há quem acredite que, com esse passo, o Facebook chega ao seu limite máximo. “Veja o que aconteceu com o Instagram. O Facebook estava perdendo a batalha pelo compartilhamento de fotos tiradas com celulares, uma de suas principais funções. Nós vivemos em uma era em que as coisas mudam muito rapidamente, dos mecanismos de buscas às redes sociais, do PC ao smartphone e tablet. Se o Google já teve o seu tempo no topo da montanha, o do Facebook vai ser ainda menor. Os ciclos estão ficando cada vez mais curtos”, disse o CEO da Betaworks, John Borthwick, em entrevista para o site.
Será mesmo o topo da montanha?
Mesmo assim, há quem pense o contrário. O especialista em capital de risco, David Pakman, acredita que o Facebook possui chances de crescer mais: “Eles ainda não exploraram muito as oportunidades relacionadas com telefonia móvel, propagandas em conteúdo via streaming e com os chamados anúncios offsite. Com o Instagram, também poderão criar um importante produto de anúncios relacionados com imagens”.
Pakman diz que, apesar das ameaças aos negócios, o Facebook tem demonstrado uma enorme habilidade e talvez tenha sido o melhor exemplo já visto da geração de empresas da internet. “Eles não estão ficando para trás ainda. Eles possuem um potencial enorme”, complementa.
Independentemente das previsões, o relatório publicado pela WealthInsight diz que os maiores beneficiados com a abertura de capital serão os empregados que começaram a trabalhar na empresa até o ano de 2008. A razão é o fato de o Facebook ter mudado a forma de participação depois desse período, partindo para um modelo em que os empregados precisam pagar impostos sobre o valor que lucrarem e não poderão se beneficiar de taxas especiais para investimentos.
Fontes: WealthInsight, The Verge
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