Reuters. Por Alex Dobuzinskis - O Facebook começou a fechar as contas de presidiários da Califórnia depois que um homem condenado por pedofilia visitou, da prisão, a página de sua vítima, informaram as autoridades e o site de redes sociais.
O Facebook fechou as contas de pelo menos dois detentos e as autoridades estão trabalhando para identificar outras contas que tenham sido acessadas da prisão, informou o departamento penitenciário da Califórnia.
Ainda que a maioria dos presidiários californianos não tenha acesso à Internet, eles muitas vezes se conectam com celulares recebidos clandestinamente, apesar dos esforços de repressão à posse desses aparelhos em presídios, disseram as autoridades penitenciárias.
O departamento penitenciário da Califórnia, que anunciou oficialmente sua cooperação com o Facebook na segunda-feira, disse ter recebido centenas de queixas de vítimas que foram contatadas por presidiários que estão servindo suas sentenças.
Entre eles está o pedófilo condenado, que as autoridades penitenciárias disseram ter visitado as páginas de sua vítima no Facebook e MySpace e depois ter enviado desenhos da menina à família dela.
A vítima tinha 10 anos de idade ao ser molestada e 17 ao ser contatada pelo criminoso, que havia usado a Web para descobrir que corte de cabelo ela estava usando e que roupas preferia.
"A imaginação é o único limite para eles; temos líderes de gangues ordenando ataques e crimes a serem cometidos em seus nomes", disse Dana Toyama, porta-voz do departamento penitenciário da Califórnia, à Reuters.
O Facebook permite que detentos usem o site se forem prisioneiros em um Estado no qual estão autorizados a usar a Internet.
Mas, já que a Califórnia proíbe o uso da Internet por detentos, a companhia confirmou estar trabalhando com as autoridades estaduais para remover suas contas.
A diretriz não se aplica a detentos que tenham criado contas antes de serem encarcerados e que não as tenham utilizado do presídio.
As normas do Facebook proíbem que contas sejam atualizadas por outra pessoa que não o titular, o que acontece ocasionalmente quando um presidiário pede que um amigo ou parente atualize sua página.
"Desativaremos contas que sejam alvo de denúncia de violação de normas e leis norte-americanas relevantes, ou contas de detentos atualizadas por alguém fora da prisão", afirmou em comunicado Andrew Noyes, porta-voz do Facebook.
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