Entenda como o Facebook luta contra o terrorismo nas redes sociais

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Imagem: Getty Images/Sean Gallup

Se você acha que o Facebook não trabalha para lidar com terroristas em seu serviço, saiba que está bastante enganado. A empresa divulgou ontem (15) uma matéria falando sobre as táticas que ela utiliza – inclusive com o uso da inteligência artificial – para impedir que conteúdos desse teor surjam na rede social.

“Nossa posição é simples e direta: não há espaço no Facebook para terrorismo”, começou a empresa. De acordo com eles, a companhia retira do ar posts e perfis que apoiam o terrorismo assim que fica ciente deles, analisando com urgência cada quadro. Eles também explicam que entram em contato com as autoridades nos “raros casos” em que uma ameaça eminente é descoberta.

Encontrando terroristas com inteligência artificial

O Facebook não pretende se limitar a apenas isso, no entanto. “Nós acreditamos que a tecnologia e o Facebook podem ser parte da solução”, disse a companhia. E quais os planos deles para isso? Simples: eles querem ser capazes de identificar conteúdo terrorista antes mesmo que as pessoas da comunidade tenham acesso a ele.

É aí que entra a questão da inteligência artificial. Usando do aprendizado de máquina, o Facebook ensina seu sistema a entender textos que podem estar promovendo o terrorismo, com base em outras postagens previamente removidas pelo apoio ou promoção de organizações terroristas. Assim, ele vai se tornando cada vez mais capaz de detectar posts similares – e com uma precisão que só aumenta a cada novo post.

Usando do aprendizado de máquina, o Facebook ensina sua inteligência artificial a identificar posts de terrorismo e removê-los do ar

Não limitada a isso, a inteligência artificial do Facebook também reconhece imagens e vídeos com conteúdo terrorista, usando como base outras postagens do gênero que foram removidas. Ela também identifica grupos, páginas, posts e perfis com comportamento parecido, bem como pessoas que têm muitos amigos cujos perfis foram desabilitados por terrorismo, impedindo também que reincidentes fiquem muito tempo ativos ao criar uma nova conta falsa.

A empresa também explica que ela não quer sua inteligência artificial trabalhando apenas no Facebook. Suas outras plataformas de redes sociais, incluindo Instagram e WhatsApp, também são checadas por essa tecnologia. O problema, como eles já afirmam há tanto tempo, é que alguns desses aplicativos dão um acesso extremamente limitado aos dados de suas conversas e postagens, dificultando a tarefa como um todo.

Humanos não ficam de fora

É importante frisar que o Facebook não conta apenas com inteligência artificial para essa tarefa. Como ela mesma aponta, muitos grupos antiterrorismo e serviços de notícia utilizam o próprio material divulgado pelos terroristas, e sua IA ainda não é tão boa para diferenciar essas informações.

Além de sua IA, o Facebook tem 150 funcionários dedicados apenas a lidar com ameaças de terrorismo

A solução para isso? Empregar nada menos do que 150 especialistas só para trabalhar na identificação de ameaças reais ou para lidar com denúncias nessa área, entre outras tarefas.

Como se isso tudo não fosse o suficiente, o Facebook trabalha junto de várias outras companhias (incluindo nomes como Microsoft, Twitter e YouTube), sociedades civis, pesquisadores e até os governos de diversos países. Com isso, ela pode treinar seus funcionários a lidar melhor com esses casos e evitar problemas ainda mais rapidamente

Desafios ainda existem

Vale notar, por fim, que a empresa ainda está dando só seus primeiros passos nessa ideia. No momento, apenas conteúdo do ISIS, da Al Qaeda e de suas afiliadas estão sendo buscados com esse sistema; eles avisam, porém, que devem expandir essa tecnologia para outras organizações terroristas.

Seja como for, uma verdade é clara: o Facebook não pretende poupar esforços para conseguir garantir uma rede social livre de terroristas.

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