O Prisma mal começou a permitir a transmissão de vídeo ao vivo com filtros pelo Facebook, e a rede social já cortou suas asinhas. A empresa de Mark Zuckerberg impediu o Prisma de funcionar afirmando que o app estava usando seu framework de forma inapropriada. O Facebook afirma que esse sistema foi desenvolvido para permitir a transmissão de vídeo a partir de outras fontes que não smartphones, uma vez que esse tipo de aparelho pode fazer isso através do app oficial da rede social.
Como o Prisma se aproveitava desse recurso extra e integrava as lives do Facebook direto em seu app, ele acabou sendo bloqueado. Contudo, nas políticas de uso do framework em questão, o Facebook não chega a proibir a apropriação de suas funcionalidades por apps como o Prisma e também não diz que ela não deve ser utilizada para finalidades mobile. O que pode ser encontrado nas regras é que o sistema foi desenvolvido com foco em “outras fontes de transmissão”, como câmeras profissionais e feeds de captura de tela para gameplays.
Fica assim mesmo
O cofundador do Prisma, Aram Airapetyan, conversou com o TechCrunch sobre o assunto, e, aparentemente, eles não vão lutar contra o Facebook. “Eles só deixam transmitir a partir de câmeras diferentes, drones… Nosso app não é um drone nem uma câmera. Então isso quer dizer que não podemos continuar”, explicou. Apesar disso, o app vai seguir trabalhando com a transmissão ao vivo com filtros feitos por inteligência artificial para outras plataformas, apenas deixando o Facebook de lado.
O app vai seguir trabalhando com a transmissão ao vivo com filtros feitos por inteligência artificial para outras plataformas
Como as regras sobre a framework não são exatamente claras, é possível que a rede social tenha bloqueado o Prisma em favor de alguma ferramenta que ela mesma estaria preparando para concorrer com o app. Recentemente, a empresa de Zuckerberg comprou o MSQRD, e essa ferramenta consegue transmitir vídeos ao vivo no Facebook sem problemas usando o mesmo recurso que o Prisma experimentou.
O Facebook também já bloqueou concorrentes da sua plataforma antes (Snapchat, Telegram e Vine) a fim de proteger suas próprias ferramentas. Contudo, como se trata de uma empresa privada, ela não tem obrigação nenhuma de permitir competidores dentro do seu sistema.
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