Caso você tenha o costume de assistir a vídeos do Facebook sem nenhum som, não considere essa uma decisão estranha. Pesquisas indicam que 85% dos usuários da rede social costumam fazer isso, algo bastante considerável quando se leva em consideração que o site registra diariamente mais de 8 bilhões de reproduções de conteúdos do tipo.
A notícia não é exatamente surpreendente quando levamos em consideração que a rede social construiu um ecossistema em que vídeos com reprodução automática precisam ter seus sons autorizados pelos usuários. O grande número de acessos a partir de plataformas mobile também explica a tendência — afinal, não é todo mundo que tem o desprendimento de ligar o som de um vídeo ao assisti-lo em um ônibus ou local público.
Esse comportamento dos usuários faz com que os vídeos produzidos para o Facebook tenham que ser diferentes daqueles que visam ao YouTube. É por conta disso que produtores de conteúdo apostam em conteúdos mais curtos que possuem textos descritivos breves e em produções que não exigem explicações — como receitas simples, por exemplo.
O som do silêncio
O vídeo também precisa ser desenvolvido de forma a capturar a atenção sem precisar de som
“Desde o primeiro dia, temos a ideia de que precisamos captar a atenção imediatamente”, afirma Gretchen Tibbits, CEO do site LittleThings. “Enquanto os três primeiros segundos são críticos, o vídeo também precisa ser desenvolvido de forma a capturar a atenção sem precisar de som”, complementa.
“O som ainda é uma opção, mas não é obrigatório”, afirma Rye Clifton, diretor de experiência da agência GSD&M. “Se você consegue criar algo envolvente sem precisar que as pessoas liguem o áudio, você já está na frente de pessoas que não estão pensando dessa maneira”, afirma.
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