No dia 12 de novembro de 2014, o ser humano deu um grande e novo passo: o primeiro pouso em cometa controlado remotamente da Terra. A Philae, que acompanha a nave Rosetta, foi lançada há 10 anos e sete meses, chegando a descer no corpo 67P/Churyumov-Gerasimenko apenas nesse ano.
Depois de muita comemoração, o Centro Aeroespacial Alemão tornou público um áudio de dois segundos do contato da Philae com o cometa. Você pode se perguntar: só dois segundos e um barulho seco? Qual a graça disso?
Simples: é uma sonda sendo controlada pela Terra guiada por mais de 190 milhões de quilômetros (1.3 AU) e pousando em um cometa próximo a Júpiter. Se isso não desperta sua atenção, talvez a notícia de que moléculas orgânicas foram descobertas na superfície te intrigue — algo que você poderá ler mais nas linhas abaixo.
Ouça o som do pouso neste link.
Vivemos por causa dos... Cometas?
Uma antiga teoria indica que nós, terráqueos, sejamos fruto de "objetos extraterrestres". Isso significa que a água encontrada na Terra e seus elementos vitais foram, em grande parte, trazidos por cometas que caíram no planeta. Essa é uma das razões da sonda estar fazendo esse trabalho.
E a Philae já deu algumas respostas. Certas propriedades do 67P/Churyumov-Gerasimenko foram inicialmente descobertas. A principal delas é a constatação da existência de moléculas orgânicas na superfície. Ainda, além da poeira que cobre todo o seu solo, foi descoberta a existência de gelo duro.
Segundo Klaus Seidensticker, pesquisador do Centro Aeroespacial Alemão, o Philae entrou em contato com uma massa mole e espessa quando chegou ao destino; alguns milissegundos depois, os pés da sonda tocaram uma camada dura, talvez gelada.
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