(Fonte da imagem: iStock)
Com o grande crescimento da população, a cada dia aumentam as preocupações com o ambiente, além dos problemas relacionados ao crescimento urbano. Por isso, o desenvolvimento de tecnologias e recursos que permitam suportar tais condições, além de evitar maiores impactos sobre o planeta, recebeu muita atenção nos últimos anos.
Assim, um conceito que entrou em foco é o das cidades inteligentes. Trata-se da criação de municípios com práticas que reforcem um estilo de vida sustentável por parte dos seus moradores, aplicando o uso de energia renovável e métodos eficientes para lidar com o lixo, por exemplo.
Para que uma cidade atinja o status de “renovável”, alguns objetivos precisam ser atingidos. Entre eles, podemos destacar:
- O oferecimento de recursos e de serviços acessíveis para todos os moradores;
- O transporte público deve ser uma alternativa viável para o uso de carros particulares, além de ser seguro e confiável;
- É seguro caminhar e andar de bicicleta na cidade;
- Os lugares de uso comum (como parques e praças) devem ser seguros e agradáveis;
- Sempre que for possível, devem ser aplicados recursos renováveis;
- Há coleta eficiente do lixo e um sistema de reciclagem eficaz;
- As novas casas construídas no local devem ser eficientes com relação ao uso de energia;
- As moradias disponíveis devem ser acessíveis para os habitantes;
- A comunidade atua em conjunto com o governo na resolução dos problemas públicos;
- Espaços culturais e sociais são acessíveis para todos os moradores.
Abaixo, preparamos uma seleção que traz tanto cidades que estão sendo projetadas do zero para ser sustentáveis quando aquelas que passaram por adaptações para atingir tal estado (ou que estão implementando projetos para atingi-lo em um futuro próximo).
Informações públicas e em tempo real
A cidade de Santander, localizada na Espanha, é considerada como um modelo de cidade inteligente. O projeto teve um investimento de US$ 11 milhões e foi liderado pela Universidade de Cantabria, e o principal destaque está no fato de ela oferecer informações de interesse geral em uma plataforma pública.
Em Santander, todos os cidadãos possuem acesso a informações sobre a poluição do ar, serviço de coleta de lixo, dados do trânsito e da iluminação pública. Para que isso se tornasse uma realidade, foram instalados cerca de 12 mil sensores por toda a cidade, responsáveis pela captação dos dados.
(Fonte da imagem: Divulgação/Cool Cities)
Entre as possibilidades oferecidas pelos recursos, há sensores para controlar o nível de iluminação das ruas. Assim, caso um local esteja deserto, por exemplo, a intensidade das lâmpadas é diminuída. Da mesma maneira, o governo pode controlar o volume do lixo a ser recolhido, evitando enviar o serviço de coleta quando não for necessário.
Outra função interessante está no controle de tráfego da cidade. O sistema de transporte coletivo, os táxis e os carros de polícia informam, em tempo real, o seu posicionamento e a sua velocidade, permitindo que pontos de trânsito lento sejam mapeados. Além disso, são informados incidentes, como trechos em obras e ocorrências de acidentes.
Há, também, a identificação de vagas livres que podem ser utilizadas como estacionamento e, com relação ao transporte público, são divulgadas as linhas e os horários dos ônibus. Como a plataforma de informações é compartilhada com todos os habitantes, é possível informar fontes de problemas, como buracos nas ruas.
(Fonte da imagem: Divulgação/Cool Cities)
Na cidade zonas de poluição do ar e sonora são controladas por meio do sistema criado. Para melhorar a interação entre governantes e cidadãos, foi criada uma página da região. Com relação ao turismo, se você visitar Santander, é possível obter informações sobre a programação de alguns estabelecimentos e até mesmo visualizar a história de monumentos históricos do local apenas focalizando com o seu smartphone.
Projeto que busca ser um modelo
Songdo, na Coreia do Sul, recebeu muito destaque por ser uma cidade planejada como um local sustentável desde a sua concepção. Trata-se de uma ilha artificial a 65 quilômetros de Seul, na qual foram investidos aproximadamente US$ 80 bilhões de forma a criar um município que pudesse cumprir o ousado objetivo de servir como modelo para projetos futuros.
A ideia em Songdo é fazer com que tudo seja conectado pela internet de forma a melhorar a vida dos cidadãos. Uma das metas desse plano, por exemplo, é eliminar completamente problemas como trânsito lento. Assim, nessa cidade, existirão sensores nas ruas que fazem uma análise constante da velocidade (e do deslocamento) dos veículos enquanto eles estão circulando ou presos em engarrafamentos.
(Fonte da imagem: Divulgação/Songdo IBD)
Além disso, as placas dos veículos também serão conectadas a um sistema capaz de controlar o intervalo de tempo dos semáforos, auxiliando o fluxo quando houver necessidade. Os postes de iluminação pública também contarão com sensores que serão responsáveis pelo gerenciamento da intensidade das luzes, fazendo com que ela seja reduzida quando uma rua não estiver em uso.
Em Songdo, também será adotado um sistema de coleta de lixo pneumática, enviando os resíduos para um aterro por meio de um complexo de dutos montados embaixo do solo. Assim, será completamente eliminado o uso de caminhões para realizar a tarefa. Falando de reciclagem, as garrafas descartáveis também possuirão sensores WiFi.
Eles serão responsáveis por identificar se o material foi colocado no local correto para a reciclagem do plástico e conferir um desconto no imposto dos moradores que o fizerem de maneira adequada. O local também contará com "telhados verdes", que farão o tratamento da água da chuva.
(Fonte da imagem: Divulgação/Songdo IBD)
Da mesma forma, também estarão presentes mecanismos para fazer a reciclagem da água das pias e máquinas de lavar pratos. Assim, evitando o desperdício, o sistema de abastecimento precisará fornecer cerca de um décimo da quantidade de água que uma cidade de tal porte precisaria.
O projeto de Songdo está previsto para ser concluído em 2016 e estima-se que 65 mil pessoas venham a morar na cidade quando ela estiver completamente "pronta para o uso".
Uma cidade para pedestres
A Cidade de Masdar está em fase de construção na região do deserto árabe de Abu Dhabi. O investimento por parte do governo foi de US$ 22 bilhões, e a conclusão total do projeto está prevista para 2025. Esse foi outro município desenvolvido do zero para ser sustentável e voltado para os pedestres.
(Fonte da imagem: Divulgação/Masdar City)
Para isso, o planejamento começou pelas estruturas e materiais empregados nos edifícios da cidade. Os responsáveis fizeram uma série de análises levando em conta a orientação do espaço ( no que diz respeito ao recebimento de luz solar e a incidência de ventos na região) e aos melhores formatos que poderiam ser empregados para lidar com o ambiente.
Como resultado, ao executar as construções de maneira inteligente, é possível reduzir as temperaturas da cidade sem utilizar eletricidade, gerando mais economia a baixos custos. Ainda com relação à energia, o instituto de ciência e tecnologia local em parceria com o MIT desenvolveu painéis fotovoltaicos para a captação de energia solar.
Esses aparatos estão posicionados no topo dos prédios e outras residências para fazer o armazenamento e, dessa forma, gerar eletricidade para o abastecimento do município. Tal recurso também será utilizado para realizar a dessalinização da água.
(Fonte da imagem: Divulgação/Masdar City)
Além disso, serão aplicados mecanismos para gerar eletricidade a partir do aquecimento da água. No centro da cidade estará posicionada uma torre eólica com 45 metros para aproveitar a incidência dos ventos fortes na região que serão utilizados, também, para a geração de energia.
A cidade vai adotar um sistema de transporte baseado em carros e ônibus elétricos circulando no subsolo, além de manter linhas de trem e metrô para atender todos os pontos da cidade, evitando a necessidade da circulação de muitos veículos. Adicionalmente, como a cidade foi projetada para pedestres, houve uma grande preocupação em criar calçadas agradáveis, de tamanho adequado e com sombra.
(Fonte da imagem: Divulgação/Masdar City)
Além disso, a Cidade de Masdar possui uma arquitetura na qual tudo deve ser integrado, fazendo com que moradia, trabalho e diversão fiquem próximos um ao outro, evitando a necessidade de veículos. Para manter a cidade sustentável, também será realizada a educação da população com tais técnicas em escolas locais.
Da mesma maneira, os governantes procuram resolver problemas com lixo encorajando mudanças no comportamento dos habitantes e regulando quais tipos de materiais poderão estar presentes na cidade.
Viável, escalável e aplicado a outros lugares
A visão envolvendo o projeto para criar a ecocidade de Tianjin, em Singapura, é sustentada por duas filosofias principais: "Three Harmonies" e "Three Abilities" (ou três harmonias e três habilidades, em uma tradução livre). Basicamente, a ideia com relação ao primeiro tópico é que as pessoas vivam em conciliação umas com as outras, entusiasmadas com as suas atividades econômicas e de maneira sustentável com o ambiente.
Já no quesito "habilidades", o objetivo é que a cidade possua tecnologias comercialmente viáveis e compatíveis com o poder aquisitivo da população; que o modelo seja aplicável para outros lugares e que ele possa ser adaptado para cidades de todos os tamanhos. Outra ideia adotada para o projeto foi aproveitar ao máximo o uso do terreno.
(Fonte da imagem: Divulgação/Tianjin Eco-city)
A cidade foi planejada para ser compacta, além de utilizar princípios de desenvolvimento trânsito-orientado. Assim, cada um dos seus setores foi modelado para abrigar centros de entretenimento e companhias em locais próximos. O objetivo principal é que cada área possua os serviços necessários para quem reside na região, incluindo centros comerciais e parques, o que evitaria a locomoção dos moradores, reduzindo os problemas de trânsito.
Outra preocupação do projeto é manter o foco no uso de meios de transporte "verdes". Para isso, foram criadas ciclofaixas e calçadas de alta qualidade, com a intenção de evitar ao máximo a necessidade de utilizar veículos motorizados. Consequentemente, nas vias compartilhadas com esse tipo de condução, a prioridade deve ser sempre concedida ao pedestre e aos ônibus.
(Fonte da imagem: Divulgação/Tianjin Eco-city)
Adicionalmente, Tianjin possui nas suas prioridades possuir uma extensa área verde, ocupada por vegetação, e azul, com atividades envolvendo água, de forma a criar uma visão agradável do ambiente para a população. Inclusive, o projeto prevê a reciclagem de uma lagoa poluída, transformando-a em uma bela fonte de água limpa.
A cidade possui uma extensão de 30 quilômetros quadrados e a área inicial dela tem como estimativa de entrega o ano de 2013. A conclusão total do projeto, no entanto, está prevista para 2020.
Sistema inteligente de energia
Embora a Alemanha esteja há tempos empregando técnicas para a criação de cidades sustentáveis, o primeiro município realmente tratado com tal conceito é Mannheim. O "título" foi recebido devido ao sucesso em interligar todas as casas da região por meio de um sistema inteligente de distribuição de energia.
Desde o início do projeto, Mannheim empregou o conceito de "Smart Grid" no quesito de geração de energia. Essa técnica consiste em criar um painel com dados das companhias elétricas e produtores para ser utilizado como um guia para aumentar a eficiência da distribuição, além de alertar os donos de negócios (e a população, de uma maneira geral) sobre o seu consumo e indicar maneiras para torná-lo mais eficiente.
(Fonte da imagem: Divulgação/DAC&Cities)
O foco do projeto está em desenvolver uma infraestrutura que seja capaz de realizar a conexão de várias necessidades de consumo, envolvendo eletricidade, aquecimento, gás e água. A eletricidade, por exemplo, devido aos painéis estarem instalados diretamente nas casas, é oferecida próxima ao ponto de geração.
Assim, é possível evitar o transporte desse recurso e a perda de energia associada ao mesmo. Além disso, dessa forma também é possível gerar unidades de armazenamento descentralizadas. Até o momento, Mannheim foi capaz de manter um nível seguro de estabilidade com relação a esse gerenciamento de unidades e abastecimento de energia.
(Fonte da imagem: Divulgação/E-Energy)
Outro aspecto interessante está na criação de um sistema que permite ao dono da casa conhecer melhor o seu consumo e os pontos nos quais a energia é utilizada. Além disso, o mecanismo também é capaz de especificar os valores para o uso da eletricidade quando os recursos renováveis estiverem privilegiados (como em dias ensolarados ou com muito vento).
Posteriormente, o mesmo serviço pode ser empregado para ligar uma máquina de lavar roupa apenas quando os níveis de energia renovável estiverem altos, por exemplo.
Metrópole sustentável
Montada levando como fundamentação os princípios da integração social, baixa emissão de carbono, sustentabilidade e uso de tecnologias verdes, Iskandar deve se tornar em breve a mais nova metrópole inteligente da Malásia. A área total envolvida na criação da cidade abrange 2.217 quilômetros quadrados.
Até o momento, Iskandar já atraiu investimentos na casa dos US$ 31,2 bilhões, 38% advindos de fontes estrangeiras. A construção da cidade começa pelo planejamento urbano, integrando um uso eficiente do território e criando prédios comerciais e residenciais que sejam capazes de aproveitar os recursos presentes na região.
(Fonte da imagem: Divulgação/Iskandar Malaysia)
Além disso, entre as prioridades está o fato de que as moradias sejam compatíveis com o poder aquisitivo da população. Está prevista, também, a criação de residências apropriadas para locação, garantindo que quem vá viver na região por um tempo possua uma estrutura adequada para aproveitar os benefícios da cidade.
Entre as prioridades do projeto está o sistema de transporte, idealizado para a utilização de veículos com menor emissão de carbono e meios de locomoção alternativos. Além disso, a cidade prevê a criação de um sistema eficiente para o transporte coletivo. Nos planos de Iskandar também está o desenvolvimento de um programa para o uso inteligente da água na cidade.
(Fonte da imagem: Divulgação/Iskandar Malaysia)
O município também pretende adotar um sistema agrícola diferenciado, responsável não só por providenciar alimentos para a população local como por gerar uma fonte de renda aos moradores. Outros focos de atenção do projeto estão relacionados à cultura e à educação, aos métodos de reciclagem e reuso e a um sistema de saúde eficaz para os cidadãos.
O governo da Malásia acredita que o projeto de desenvolvimento deve gerar mais de 500 mil empregos em um período que vai de 5 a 8 anos.
Investindo na sustentabilidade
Enquanto algumas cidades sustentáveis são produzidas do zero, em 2009 o governo inglês investiu £ 10 milhões para desenvolver municípios inteligentes, como aconteceu em Whitehill Bordon, no Reino Unido. Com isso, o objetivo era de que o município fosse capaz de cumprir alguns requisitos essenciais para a sustentabilidade.
Entre eles estava a construção de moradias compatíveis com o poder aquisitivo da população, emissão mínima de carbono, reciclagem do lixo e aproveitamento da água. Também foram priorizadas práticas que envolvem a criação de escolas e companhias nos diversos setores da cidade, diminuindo o uso de veículos motorizados para realizar o roteiro até elas.
(Fonte da imagem: Divulgação/Whitehill Bordon)
Um aspecto interessante do projeto está na integração entre os governantes e os moradores. Os cidadãos possuem representantes e são consultados sobre as alterações aplicadas em Whitehill Bordon. Ainda entre as principais medidas tomadas na cidade, foram adotados métodos de geração de energia renovável e a arquitetura de edifícios mais eficientes, para aproveitar as vantagens do ambiente.
Da mesma forma, foram desenvolvidos programas para o uso inteligente da água, incluindo sistemas para a recuperação de fontes poluídas e a reciclagem do recurso, quando necessário. Outro ponto de atenção foi o combate às enchentes que costumavam ocorrer na região. Houve, também, o emprego de técnicas para preservar e restaurar as áreas verdes existentes.
(Fonte da imagem: Divulgação/Whitehill Bordon)
Whitehill Bordon investiu em métodos de reciclagem e reuso do lixo, além da opção por materiais sustentáveis e produtos mais saudáveis para a população. Com relação ao uso de veículos, foram realizadas campanhas para incentivar a população a optar por modelos com emissão mínima de carbono, além do uso de bicicletas e a realização de caminhadas para chegar ao seu objetivo.
Adicionalmente, o transporte coletivo também recebeu melhorias, aumentando a sua eficiência. É estimado que até 2028 aproximadamente 5.500 empregos sejam gerados devido às novas práticas empregadas na cidade.
Estilo, espaço e infraestrutura inteligente
A Panasonic, em parceria com outras oito companhias, planeja a construção de uma cidade inteligente e sustentável no Japão até 2018. O objetivo principal é focar os pilares do projeto em três premissas: arquitetura inteligente, espaço bem planejado e estilo de vida sustentável.
Os responsáveis pelo projeto reforçam que a preocupação principal no desenvolvimento da cidade é o conforto dos habitantes, levando em consideração o seu estilo de vida e as suas necessidades. Para isso, em primeiro lugar, serão planejados os sistemas de energia, segurança e transporte.
(Fonte da imagem: Divulgação/Panasonic)
Com relação à energia, serão montados painéis de captação solar (além de um sistema de armazenamento) para que cada cidadão seja capaz de gerar a quantidade necessária para suprir a sua casa. Já no que diz respeito à mobilidade, será encorajado o uso de veículos elétricos, além de bicicletas (tradicionais e elétricas).
A cidade também vai criar vias específicas para caminhadas e percursos para corridas, incentivando, dessa forma, a prática de atividades saudáveis por toda a população. No que diz respeito à segurança, serão implementados portões e métodos de proteção para manter os cidadãos tranquilos.
(Fonte da imagem: Divulgação/Panasonic)
Outro ponto interessante é que a cidade pretende adotar uma plataforma pública contendo informações do interesse da população, como a possibilidade de verificar o seu consumo de energia. Posteriormente, ela será ampliada para oferecer outros serviços, incluindo a possibilidade de fazer compras ou reservar um transporte particular.
A cidade deverá começar a receber os seus primeiros moradores em 2014, com previsão de entrega de todas as residências para 2018.
Mudando para melhor
Almere, localizada na região metropolitana de Amsterdã (na Holanda), é uma cidade europeia com poucos anos de vida, contando com apenas trinta desde sua fundação. A primeira casa da região foi construída em 1976 e ela recebeu o reconhecimento como um município apenas em 1984.
A cidade possui uma área terrestre de 130 quilômetros quadrados e conta com aproximadamente 200 mil habitantes. Almere foi projetada para virar um município de grande escala em pouco tempo e ficou rapidamente conhecida pelo seu planejamento urbano eficiente.
(Fonte da imagem: Wikipedia)
Toda a região é conectada por linhas de trem e ônibus, além de um sistema de ciclofaixas. No entanto, o que chama a atenção em Almere no quesito “sustentabilidade” é que esse é o primeiro município na Holanda no qual as casas de um distrito residencial inteiro são aquecidas por um único sistema de energia solar.
O projeto, chamado “Zoneiland” (ou Ilha de Energia Solar, em uma tradução livre), recebeu apoio financeiro da União Europeia e foi implementado pela Nuon, uma companhia Holandesa de energia, e pelos próprios habitantes. Trata-se da instalação de 520 painéis de captação da energia solar cobrindo uma região de 7 mil metros quadrados.
(Fonte da imagem: Divulgação/DAC&Cities)
A escala do projeto o tornou o terceiro maior no quesito de painéis solares e é capaz de produzir aproximadamente 2.708.333 kWh de energia renovável por ano, o que equivale a 10% das necessidades anuais de toda Almere. Além disso, a manutenção do sistema é mais fácil de realizar do que como acontece com turbinas eólicas, por exemplo.
Outro dado interessante é que, pelo suprimento da cidade com energia renovável, o projeto ajuda a reduzir a emissão de gás carbônico em 50%.
Conscientizando as gerações futuras
Atualmente, Copenhague, na Dinamarca, alcançou o posto de primeiro lugar no ranking de cidades inteligentes. Não é especificamente por um projeto de sustentabilidade que o município recebeu tal reconhecimento, mas por uma série de estudos que vêm sendo conduzidos na região.
(Fonte da imagem: Divulgação/DAC&Cities)
Da mesma forma, há uma série de programas já em fase de implementação que são responsáveis por fazer adaptações na região urbana tendo como base o uso de fontes de energia renovável. Essas ações envolvem esforço de todos: donos de terras, empresários, a comunidade científica e a população de uma maneira geral.
Há menos de um ano, Copenhague completou a construção do primeiro “hotel verde” da Dinamarca. O edifício possui um sistema de aproveitamento eficiente de energia, sendo um modelo para a região e um dos poucos do mundo a obter tais méritos. Entre outros projetos desenvolvidos, existem, também, programas com grande foco em fazer um aproveitamento mais adequado do território.
(Fonte da imagem: Divulgação/DAC&Cities)
Além disso, para assegurar que as boas práticas sejam mantidas para as gerações futuras, o governo investiu na educação sustentável desde as escolas maternais. Como resultados desse desenvolvimento tecnológico e dos investimentos realizados para tal finalidade, estima-se que sejam gerados mais empregos e garantida uma qualidade de vida melhor para população.
Construindo um futuro melhor
Independente dos grandes projetos, práticas de uma vida sustentável são fundamentais para garantir um futuro melhor a todos. Tal conscientização pode ser a chave para proporcionar um planeta com uma qualidade de vida superior para as próximas gerações.
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